𝖢𝖺𝗉𝗂𝗍𝗎𝗅𝗈 13

927 99 208
                                    


Notas da autora:

Hi. 🐸

_____________________________

Me levaram para uma boate e eu já estava apavorada por dentro. Já comecei a imaginar os piores cenários possíveis. Eu já devia ter imaginado que Noah faria eu me prostituir. Oh céus, eu estou ferrada demais e não tem pra onde fugir. Esse parece ser o meu destino e não posso mudar nada, é isso ou minha mãe morre, e eu não conseguiria viver com esse peso na consciência de não ter feito nada para salvá-la.

(...)

Agora estávamos em um tipo de escritório, ainda dentro da boate, esperando Noah aparecer, o que estava demorando muito, não aguentava mais aqueles homens me olhando com desejo, me comendo com os olhos. Minhas pernas já estavam bambas, e minhas unhas roídas.

Alguns minutos se passam e a porta é aberta por Noah, que entra exalando poder, com duas carrapatos agarradas em seus braços. Haviam dois seguranças atrás de Noah, completando a alcateia de cachorros, se é que podemos dizer assim.

Ao me ver, ele dispensa todos da sala, ficando apenas nós dois. Havia um revólver e um canivete em cima de uma mesa. Ah pronto, vou morrer.

- Você fará eu me prostituir? _pergunto nervosa, precisava saber a resposta.

- O que você acha?

- Vendo o lugar que você me trouxe, já pensei em muitas possibilidades.

- Gosto da sua sinceridade. _ele dá um passo em minha direção, dou dois para trás. _ - Você não precisa ter medo de mim.

- Você pode mandar matarem minha mãe a qualquer momento, por que eu não teria medo de você?

- Eu gosto disso.

- Do quê?

- De ver que tem medo de mim. Isso é bom pois medo gera respeito. _ele se afasta e eu olho para o revólver, que clamava para que eu o usasse_ - Não farei você se prostituir, mas usarei você como meu elemento surpresa.

- Como assim?

- Você saberá no momento certo. Mas por enquanto você irá trabalhar na minha casa. Minha diarista precisa de uma ajudante pois ela já é de idade, então por enquanto você ocupará esse cargo. Lembrando que você não receberá nada.

- Tudo bem, faço o que quiser. _ele se vira e eu olho para o revólver. _ -Poderei ver minha família?

- Não sei, tudo vai depender do seu comportamento. _dou alguns passos para mais perto da mesa, e ele não percebe_ - Sabe, você me intriga.

- Não acho que eu seja intrigante.

Noah estava de costas para mim, então em um rápido movimento pego o revólver e, com as mãos trêmulas, aponto para sua cabeça. Respirei fundo vendo o homem que eu odiava virado de costas, tentei tomar coragem para atirar, mas não sabia se tinha coragem de matar alguém. Nem mesmo alguém como ele.

- Atira! _ele diz se virando calmamente.

- Eu... Eu... _tremi mais ainda encarando seu olhar firme.

- Você o que? Vamos. Eu sei que você quer apertar esse gatilho.

Ele foi se aproximando, enquanto eu recuava para trás. Até que ele foi rápido e me encurralou entre a mesa e seu corpo, e mesmo assim, não tirou o revólver da minha mão. Abaixei meus braços sem tirar os olhos de Noah, que estava calado apenas observando meu rosto, olhando atentamente cada detalhe. Uma de suas mãos foi para minha nuca, já sua outra mão, foi para minha cintura. Confesso que senti um arrepio percorrendo meu corpo com aquela ação.

Quando eu menos esperei, Noah tira o revólver da minha mão, e aponta para minha testa.

- Você devia tomar mais cuidado com as decisões que toma.

- Vai me matar?

- Eu deveria? _ele desliza o revólver e para em meu decote.

- Por que sempre faz perguntas em vez de responder?

- Vamos! _ele se afasta de mim. Cara bipolar.

- Aonde vamos?

- Para sua nova casa!

Ele me arrasta pra fora dali e entramos no seu carro. Pergunto da minha mala, e ele diz que já estava em seu porta malas, me deixando confusa. Noah então começou a dirigir em alta velocidade pelas ruas, sem se importar com faróis ou sinais de trânsito.

(...)

Em cerca de uma hora depois, já estávamos estacionando na enorme garagem de sua mansão. Saímos do veículo e eu me sentia meio zonza por conta da velocidade que Noah veio dirigindo. Encostei no carro para respirar um pouco enquanto Noah tirava minha mala do carro, ele me deu a mala para eu levar, que falta de cavalheirismo. O segui para dentro da casa, até que chegamos na cozinha, era enorme e tinha móveis de dar inveja em qualquer um, principalmente em mim, que não havia visto nada tão luxuoso assim pessoalmente.

- Seja mais rápida, garota. Você terá muito tempo para admirar seu local de trabalho. _Noah diz, e fez questão de dar ênfase em trabalho.

Entramos em um corredor ao lado direito e paramos em frente à uma porta culpa de correr branca, onde ele deixou claro que nunca poderia entrar ali pois era seu escritório. Rapidamente me mostrou os outros cômodos e sempre dando ordens deixando claro onde eu poderia ou não entrar.

Depois me levou para o jardim onde atravessamos aquele local imenso e ele me mostrou onde era a "pequena" casa dos empregados. Onde eles dormiam, tomavam banho e faziam suas refeições pois era proibido comer na cozinha da mansão, eu achei que ficaria lá em algum dos quartos mas estava claro que ele não me trataria como uma mera empregada, esse cara queria me humilhar então me levou até o porão e deixou claro que eu dormiria ali, também disse que eu teria que limpar ali e que iam trazer uma cama e uma cômoda, eu teria apenas isso e nem pude reclamar.

- Estou aqui senhor _levei um susto quando uma senhora apareceu no porão.

- Alicia quero que mostre para essa garota onde ficam os produtos de limpeza. A partir de hoje ela será a mais nova empregada da casa, porém quero que você fique de olho nos afazeres dela, se ela fizer mal feito faça com que ela refaça o serviço até ficar perfeito. Mas por agora como esta tarde, apenas ajude ela a limpar o porão e depois avise ao Edward para trazer aqueles dois móveis que estão no quarto vago de vocês.

-Sim, senhor. Algo mais que deseja? _Alicia diz.

-Por enquanto é só isso _virou para me olhar. - Mais tarde virei falar com você... Mas já aviso para não tentar dar uma de esperta comigo, posso ter sido paciente até agora mas garanto que você teve apenas sorte! _ele ia sair mas eu o chamei.

-Eu vou poder ver minha família?

-Tudo vai depender do seu comportamento nesta casa, aliás a partir de hoje quero que me chame de senhor Urrea. _dito isso, ele se retira.

Alicia me leva até o pequeno cômodo onde estavam os produtos de limpeza, ela ficou levemente surpresa quando percebeu que eu não ia precisar da sua ajuda, afinal eu não sou nenhuma garota mimada e quem limpava minha casa era eu, então rapidamente deixei o porão com cara de novo, estava limpo e cheiroso, sem sinal de ratos pelo menos por enquanto, vai que eles resolvem aparecer do nada.

(...)

Depois de limpar tudo e trazerem uma cama de solteiro e uma cômoda, eu organizei tudo rapidamente e acabei sendo trancada lá pois haviam sido ordens do "senhor Urrea" estou agora estou aqui sentada na cama encarando o teto do porão escuro, não tem nem um fio de luz e isso esta me deixando agoniada. Mas esta é a minha realidade e infelizmente o culpado disso tudo era minha mãe.

____________________________

Notas finais:

O Noah tá apaixonado e só minha opinião importa.

Alguém me socorre, já é a 8 vez que eu assisto a saga crepúsculo nessa quarentena. Me indiquem filmes! Pelo amor de Deus! Sagas. Series. Só me tirem desse vício que eu tô de crepúsculo.

INVOLVEMENTOnde histórias criam vida. Descubra agora