𝖢𝖺𝗉𝗂𝗍𝗎𝗅𝗈 3

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Notas da autora:

a
Medo.

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Escutei passos e nem sequer pude me mexer, estou fraca demais pra isso. Ouvi os trincos das portas serem abertas e um rapaz entrou, me entregando um pão seco e um copo de água. Não pensei duas vezes e comi um pão como se fosse um animal, e quase me engasguei, bebi a água tão rápido que me molhei. Aquilo não ajudou em nada, continuo com muita fome e muita sede.

- Eu ainda tenho fome e sede, me dá só mais um pouco, por favor. - implorei pro rapaz a minha frente.

- Eu não posso, ele só liberou isso. -falou o rapaz

- Porque estão me trancando aqui ? Eu prometo não denunciar ninguém. Me tira daqui logo.

- Você não pode sair daqui, só se ele deixar.

-Porque tenho que ficar aqui?

- Chega de perguntas!- ele ia sair, mas agarrei sua perna.

- Por favor, só mais um pouco de água.

- Não posso garota, tá surda? -ele disse na maior grosseria

- Apenas um pouco de água, eu faço o que você quiser.- sua expressão fez eu me arrepender

- Tudo bem. Irei lhe trazer mais água, porém apenas mais tarde.

-Obrigada!

Fiquei novamente sozinha, abracei meu corpo, comecei a pensar na Belinha, minha mãe, isso me fez chorar por dias. Levantei decidida que iria sair daqui e comecei a gritar, socar a porta dura que estava machucando minhas mãos, porém eu precisava que alguém viesse e me escutasse, que tenho que voltar pra minha casa, tenho que sair daqui. Depois de um tempo fazendo isso, a porta se abriu, e apareceu o mesmo rapaz de hoje cedo, só que ele parecia irritado.

- Fica quieta, porra! - gritou comigo.

- Eu tenho que sair daqui, você tem que me deixar ir. - gritei também, quase sem voz.

- Você não vai sair, agora cala a boca.

- Eu vou sair sim, vocês não tem o direito de me manter presa.

-Você vai ficar aqui, porra. Até o Noah dizer que você pode sair, ouviu?

-Noah?- falei e ele arregalou os olhos, se tocou da merda que fez

Não sei direito o que me deu, era como se tivesse me dado uma injeção de adrenalina. Fui pra cima do cara e consegui jogar ele no chão. Sai correndo pelo corredor e ouvi o rapaz gritando meu nome, me desesperei, não sabia por onde ir, então fui seguindo pra uma espécie de quintal, até achar uma cozinha , peguei uma faca e enfiei braço do bandido com cara de filhote de capivara e continuei correndo, até chegar em uma sala, onde tinha muitos homens que me olharam assustados e começaram a correr atrás de mim, um se jogou em cima de mim e eu acabei caindo, e vi um revólver ao meu lado, o peguei e apontei pra todos os rapazes que estavam lá, até chegar o garoto de rosto familiar. Ele chegou por trás de mim e me prendeu ao seu corpo, colocando sua arma em minha cabeça.

-Abaixa a arma, ou eu vou estourar sua cabeça.- falou calmamente.

Fiz um gesto como se fosse soltar a arma, e quando ele menos esperava dei um golpe que o jogou pra trás.

- Atira Any, ATIRA! - droga, ele sabe meu nome.

- Não me desafie, Noah. - ele me olhou surpreso, então ele é o Noah.

- Tem coragem? Você sabe que não tem, Any.

- Me deixar sair daqui, eu não vou denunciar ninguém, só quero sair.

INVOLVEMENTOnde histórias criam vida. Descubra agora