viagem inesperada

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Pov Tae

Meu embarque era a noite para que eu pudesse chegar na parte da tarde no Brasil, os meninos haviam pensando em tudo, desde as passagens e hospedagem a um tradutor, mas o que exatamente eu deveria fazer quando chegasse?
Eu só tinha o endereço da casa dela porque o motorista me passou, mas quais palavras eu diria quando a visse? Como eu confesso que quero construir algo com alguém e esse alguém é ela? Eu nunca imaginei que me apaixonaria tão rápido, muito menos que seria por alguém que mora tão longe.

(...)

Acordei com a comissária de bordo me chamando, finalmente estava em solo brasileiro!
Não avistei câmeras ou paparazzi por perto, provavelmente porque foi tudo muito rápido e nada foi anunciado, o que eu adorei, queria que fosse algo íntimo nosso, e não quero que ela seja exposta a pressão da mídia como eu.
Entrei no carro que já estava a minha espera e  o motorista dirigiu para a casa dela, a espera no carro era mortal, parecia não ter fim.
Não sabia dizer se o clima estava realmente quente ou se eu quem estava nervoso de mais (provavelmente os dois).

Finalmente paramos em frente a casa dela, ainda como eu me lembrava (afinal, só se passaram algumas semanas). Meus pés pesavam a sair do carro e me aproximei da porta com receio.
É só uma porta, qual o seu problema?
Ainda com as mãos trêmulas, eu bati na porta. Uma senhora de quase meia idade abriu com um sorriso gentil no rosto, como não era s/n, precisei da ajuda do tradutor:

Márcia - sim? Posso ajudar?
Tae- hmmmm, sim! A s/n, mora aqui?
Márcia - minha filha? Mora sim, o que você quer com ela?
Tae- a senhora é a mãe da s/n? É um prazer
Peguei em sua mão mas ela logo a puxou de volta, me encarando com um olhar desconfiado
Márcia - sou a mãe dela sim! Agora desembucha, o que você quer com ela?
Tae- digamos que eu sou um amigo, e preciso muito, muito mesmo ver ela, tipo agora.
Márcia- ah meu jovem, eu sinto muito, mas ela tá trabalhando agora
Tae- trabalhando??? E você sabe onde ela trabalha?

A senhora voltou para dentro de casa, e anotou em um papel o endereço do trabalho de s/n, sem exitar, entrei no carro e pedi que o motorista me levasse até lá, no caminho eu buscava as palavras que diria a ela.

Alguns minutos depois, paramos em frente a uma loja de conveniência, eu desci e entrei no local. Algumas pessoas me encaravam, não sei dizer se me reconheceram ou se encaravam todos os que entravam desse jeito. Fui até o balcão perguntar por ela

Tae- licença, a s/n trabalha aqui?
Chefe- s/n? E aquela menina trabalha por acaso? Acabou de ser mandada embora, deve tá por aí
Tae- o que...

Senti meu estômago embrulhar, estava começando a acreditar que não devia ter vindo, que ela não me queria aqui e que devia voltar a Coreia.
Mas não podia desistir, eu queria vê-la, e já estava aqui então não tinha nada a perder.
Voltei para o carro e pedi que retornassemos a casa dela. Fizemos o caminho de volta mais lentos, na esperança de encontrá-la no caminho, mas chegamos e nem sequer a vi.
Perguntei a mãe dela se ela havia chegado, mas ela não deixou nenhuma mensagem avisando sobre a demissão ou se ia chegar tarde.
Resolvi tentar mandar mensagem, na esperança de que ela fosse visualizar, não conversávamos desde que ela foi embora chorando.
Quando abri meu celular, milhares de notícias sobre minha aparição repentina em uma loja de conveniência no Brasil.
Eu precisava encontrá-la rápido!

O Show #kimTaehyungOnde histórias criam vida. Descubra agora