Medical Passion - Shirbert

AMÉM IRMÃOS

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beijos 💖

Gilbert Pov

Depois do tiro que levei, só me lembro de minha visão se apagando e alguns barulhos de gritos e passos acelerados, até perder totalmente a consciência.

A primeira coisa que vi depois de apagar, foram alguns rostos com máscaras brancas, e pela movimentação deduzi que estava em uma ambulância.

Como não tinha muita força, acabei apagando de novo, antes de acordar já no hospital da cidade.

Chegando lá, me fizeram algumas perguntas e me levaram direto para sala de cirurgia, pelo que pude notar.

Me anestesiaram logicamente, então não pude sentir mais nada. Só me lembro de ter acabado dormindo e rezando para que tudo desse certo nessa cirurgia e remoção da bala.

Quando acordei, estava em um quarto branco, em uma cama confortável e uma copo de água em uma pequena mesa ao meu lado.

A primeira coisa que fiz foi ver se eu estava mesmo vivo. Vai quê né..?

Depois de me dar um beliscão no braço eu pude ter certeza disso. Mas ainda me sentia muito fraco e sem forças para falar ou fazer movimentos bruscos.

Deitei minha cabeça no travesseiro macio até que vejo uma enfermeira entrando em meu quarto.

Ela tinha os cabelos ruivos e mais bonitos que eu já havia visto.
Uma pele bem pálida e com lindas sardas pelo seu rosto.

Estava usando um coque e tinha um olhar muito atencioso e simpático.
Parecia pronta para qualquer ajuda. Não que aquele não fosse seu papel

Ele tinha os passos lentos e foi chegando perto de mim, quando viu que eu estava acordado.

- Ah que bom, você acordou - ela disse docilmente e com uma voz muito calma e tranquila.

- Achei que eu estivesse morto - disse para descontrair a situação pois ficar em um hospital já não tinha um clima tão bom né

- Nossa, bem otimista você né, estou contagiada - ela disse em um sorriso, e pude perceber que era além de bonita, bem carismática.

- Pois é, meu otimismo é de contagiar qualquer um

- Percebi... Bom, precisa de alguma coisa? - ela disse mais uma vez tranquilamente

- Sair daqui já seria uma boa opção - eu odiava hospitais

- Peço perdão mas esse desejo não pode ser realizado por mim, ainda não recebeu alta

- Ah, você sabe quanto tempo eu devo ficar aqui?

- Pode perguntar ao seu médico mais tarde - ela disse e pareceu que estava saindo. Estranhamente eu senti nela uma companhia muito boa.

- Não quer ficar aqui fazendo companhia para esse enfermo triste e solitário nesse hospital vazio e gélido ? - digo fazendo cara de drama, e ela solta uma leve gargalhada

- O que quer que eu faça? Conte uma historinha para você dormir? - ela disse em ironia

- Contanto que você esteja aqui, pode ser - digo ironicamente ( ou nem tanto ) também.

- Infelizmente tenho que ver outros pacientes, mas pode desfrutar de minha ilustre companhia mais tarde, quando eu vier medica-lo.

- Esperarei ansiosamente - ela ri e sai pela porta de meu leito.

Eu senti uma energia muito boa. Parece que meus ânimos até aumentaram depois de sua "ilustre presença" como ela disse.

E sem brincadeiras, eu realmente estava ansioso para ter sua companhia mais tarde. Aliás, não existe muitas coisas a se fazer em um leito médico...

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