Olá, me chamo Sina Deinert , tenho dezesseis anos, e sim, sou nova para ser stripper, mas foi o que o mundo, me fez ser. Hoje, estou no meu camarim, me aprontando para mais um show na boate. Hoje em especial, estou usando uma maquiagem mais carregada, pois ouvi boatos que chegará um cliente novo, e rico. Ele com certeza não será meu cliente, pois acredito que o mesmo não vai querer que, eu apenas dance para ele, e ao contrário do que todos pensam, eu não faço esses tipos de serviços.
Sou stripper, não prostituta!
Vanda, a organizadora das meninas, ela que marca os shows que nós temos que fazer, avisa para irmos para o salão, porque o novo cliente chegou. Estou orando para que ele não me escolha. Chego no salão onde vejo alguns seguranças em volta de um homem, o homem era velho e gordo. Ele passa pela fileira de meninas, que se formou em sua frente, o mesmo vai passando, olhando uma por uma, até chegar em mim. Ele me encara, e solta um sorriso safado, que chega a me dar nojo.
- Você! - o homem fala, mostrando seus dentes de ouro, enquanto me olhava de cima a baixo, como se eu fosse um pedaço de carne.
Sério que ele tem dentes de ouro? Vamos pensar pelo lado positivo, dessa escolha: Caso ele durma, eu vou poder arrancar os dentes dele, um por um, assim conseguiria dinheiro o suficiente, para sair desse inferno, chamado de boate.
Esse lugar não é para mim, na verdade, não é para ninguém.
- Ela é uma das meninas mais bonitas da boate. - Vanda fala.
- Percebi, por que acha que eu a escolhi? - ele se aproximo, e passa a mão por minha cintura, me fazendo sentir um calafrio por minha espinha. Agarro a sua mão com força, cravando as minhas unhas na mesma, o fazendo me soltar.
- é tão linda, e tão brava. É essa, é essa que eu quero!- E quem disse que eu vou querer alguém como você? - pergunto, tirando uma coragem, que eu não sabia que eu tinha.
- Aqui não é você que escolhe ,Sina , e você irá, somente, dançar para ele, como você sempre faz. -- Vanda fala, em tô autoritário, como se tentasse me lembrar, que eu estou trabalhando, e não tenho direito de opinar. - Ele te pagará muito bem para fazer isso, então, não reclame.
Não reclame, sina, essa é a sua chance de ganhar uma boa grana.
O meu consciente me avisa.
No final das contas, lá estou eu em uma sala vip, dançando para um homem, que tem idade para ser meu pai.
- Você é muito bonita, sabia? - o velho passa a mão pela minha coxa, e aperta, me fazendo pular do seu colo, vendo que ele já estava passando dos limites.
- Toque mais um dedo em mim, para você vê, se eu não arranco ele com uma faca. - falo, com raiva me afastando dele, chegando próxima a uma parede. O mesmo vem se aproximando, lentamente.
Droga!
- Vamos lá, Sina, né? você pode ganhar uma boa grana. - ele chega até mim, quando estou quase saindo de perto da parede, e me prensa na mesma. - é só uma noite. - o mesmo fala, me
encurralando, e começa a beijar o meu pescoço.- Você é surdo? Eu já falei que não sou prostituta. - tento empurrar ele, mas é óbvio, que o mesmo nem saiu do lugar. - me solta. - peço, com a voz trêmula.
- Olha a malcriação, Sina. - ele começa a tentar tirar minhas peças de roupa, mas eu luto contra isso, me debato de todas as formas, que eu consigo, mas o mesmo não para.
Socorro!
Quando já estava desistindo de lutar contra ele, um anjo que Deus enviou, arromba a porta da sala, me fazendo pular de susto, e o velho para os seus movimentos, bruscamente, me fazendo agradecer aos céus.
Espera, o anjo é um policial? Fudeu, Eles vão me pegar de novo. Assim que o policial tira o homem de cima de mim, imobilizando ele. Saio correndo em direção a saída da boate, mas sou impedida por outro policial.
- Para onde você vai, mocinha? - ele cruza os braços, me encarando.
- Eu? Vou pra casa, uai. - tento parecer o mais calma, possível.
- Sua casa não é aqui?
- Aqui? - riu de nervoso - eu não trabalho aqui.
- Não é o que parece - ele se refere a minha roupa.
- O que foi? não se pode andar com roupas sensuais, por aí, não?
- Você acha mesmo que pode me enganar? - ele ri. - vamos vou te levar para a delegacia, para você ser enviada para um orfanato. - ele segura meu braço.
- Não, não por favor - peço, começando a ficar desesperada com a idéia de voltar, para o orfanato. Me debato nos braços do policial, parando quando percebo que não está adiantando. - eu faço um show de graça para você.
- Pronto, agora, você me deu provas suficiente, de que você trabalha aqui.
Merda! Como eu sou burra!!
- Não, eu não quis dizer isso. - grito, tentando inventar uma desculpa, mas não consigo nada, já que o policial me arrasta até a viatura. - Socorro!!chama a polícia!! - meu chilique, foi em vão, até porque, a própria polícia está me levando. Sou conduzida para uma delegacia, chegando lá vou até a sala do delegado.
- olá. - o delegado fala, assim que entro em sua sala, e o policial sai.
- Oi. - respondo, puta da vida, nunca tive que pisar em uma delegacia.
- Qual é o seu nome? - ele pergunta.
- Você deveria saber, não? - arqueio uma sombrancelha.
- Sem gracinhas.
- Sina Maria Deinert.
- Quantos anos você tem?
- Dezesseis.
- Você foi obrigada a trabalhar na boate?
- Não.
- Necessidade.
- Então, por que você trabalhava lá?
- E cadê seus pais?
- Morreram. - respondo, sendo sincera, mesmo sabendo que irão me mandar para o orfanato.
- Você deveria estar em um orfanato.
- Deveria, mas não estou, e não pretendo voltar para lá.
- Pois, desculpe te desiludir, mas, é para lá que você vai. - ele responde, serio, porra, para o orfanato não.
- Não, eu não vou. - nego com a cabeça, várias vezes, para ver se ele entende, que eu não vou.
- Você vai passar necessidade, eu sei bem como é isso.
- Não, você não sabe, já que passa o dia todo, com o c..com a bunda em cima dessa cadeira, sem fazer o mínimo de esforço, só esperando o salário do mês chegar, enquanto eu estou lá me matando pra conseguir 200 reais. - eu explodo.
- Porque você quer! - ele responde, ainda calmo, como se não se importasse, com o que eu falei.
- Por ue eu quero? Você acha que eu queria, que meus pais morressem assasinados, enquanto eu fugia, e chorava? Você acha que eu queria parar de estudar, para virar uma striper, e ter uma fama de prostituta? Você acha mesmo que eu quis isso? - me levanto, o delegado, somente, me encara, parecendo pasmo com o que eu acabo de falar. Limpo algumas lágrimas que havia caído, enquanto eu falava - Se me der licença, eu tenho quer ir para casa. - me viro, andando em direção a saída, mas logo paraliso ao ver Dulce, a diretora do orfanato, do qual eu havia fugido.
- Sina, é um prazer te ver novamente.
- O que v-você está fazendo aqui? - Pergunto, com a voz trêmula.
- Vamos voltar pra casa querida...
Continua....
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𝖙𝖍𝖊 𝖚𝖗𝖗𝖊𝖆𝖘//ɴᴏᴀʀᴛ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴄᴀᴏ
RandomSina Deinert presenciou a morte dos Pais aos 11 anos de idade,ela foi mandada para um orfanato onde sua vida se tornou um inferno.A mesma teve que aprender a se defender e não esperar pelos outros. Aos 15 anos ela decidiu fugir do Orfanato. A mesma...