- Família urrea? - pergunto, franzindo o cenho em sua direção. Quem?
- Sim, para a sua sorte, você arrumou uma família podre de rica. - ela olha para mim, sorrindo um pouco maldoso.
- Não quero ser adotada. - rosno, a fazendo tirar o sorriso do rosto. - já falei isso.
- Você me ouviu direito? Eles são podres de ricos, você teria tudo o que quisesse. - ela fala me olhando como se eu fosse louca. - E querer, não é poder.
- Não importa, eu já tenho pai e mãe, ninguém irá substituí-los. - falei, firme para mostrar, que eu não quero ser adotada, e ver se ela entende.
- Aceita, Sina, seus pais estão mortos, e enterrados. A está hora, não resta nem os ossos deles, você é uma órfã, e outra não pense em perder essa oportunidade. - ela grita, com rava, provavelmente, por eu não querer algo, que ela acha bom. Meus olhos se enchem de lágrimas, as palavras dela me ferem como uma espada.
Mortos, ou não, eles ainda são os meus pais.
- NÃO, N-NÃO. - começo a chorar. - eles não... - ela me interrompe, parecendo não ligar para o meu estado.
- Ah, e esteja apresentável para eles, ok? - ela vem até mim, e aperta minha bochecha, me fazendo olhar para ela, com raiva. - estou doida para me livrar de você. - ela fala isso, dando um aperto forte em minha bochecha, e se afasta, trancando a porta, assim que passa por ela. Desabo em lágrimas.
- Eu não vou ser adotada. - limpo as lágrimas, que deslizavam pelo meu rosto, e me sento na cama, enquanto fecho os meus olhos. - Só queria que esse pesadelo acabasse, é pedir muito? - choro até o sono chegar, e eu me deitar.
[...]
Acordo com a diretora gritando: "Acorde, aqui está sua comida", ela larga a bandeja no chão, assim que a mesma sai, ataco a comida, com toda vontade, não tinha comido desde da hora, em que acordei, hoje de manhã, e provavelmente, já era hora de jantar. Mesmo a comida sendo sem tempero, para mim, estava deliciosa. Me deito na cama, e me enrolo no lençol velho. Começo a ter uma crise de espirro, por conta da poeira. Mas graças a Deus, não dura muito, e eu acabo adormecendo novamente.
Acordo, e me sento na cama, ainda tentando raciocinar. Começo a sentir dores nas pernas, e no pescoço. E essa cama não me ajudou em nada, para ter uma noite boa de sono. Ouço passos, e já sei, exatamente, a quem pertencem.
- Bom dia, Sina. - a diretora fala. - levante, e venha se arrumar. - ela manda, ainda na porta.
- Para quê? - pergunto confusa, mas pela a expressão em seu rosto, eu lembro para que. Tinha me esquecido, completamente, da visita do casal Urrea. - Ah, tá. - me levanto, e passo pela a diretora, saindo do porão. Vou até o banheiro, escovo os meus dentes. Penteio meu cabelo. Coloco meu uniforme, ele era horrível, era uma calça azul (estilo militar), e uma blusa toda branca. Vou até o refeitório, roubo uma maçã, e vou até a sala da diretora.
Chego na porta da sala da diretora, e mesmo estando um pouco nervosa, bato na mesma três vezes, sem nem me dá espaço, para fugir.
- Pode entrar. - a cobra fala. Entro na sala, e logo vejo um casal. A mulher era elegante, tinha cabelos loiros, e o homem também. Eles me deram belos sorrisos, assim que entrei, mas eu não retribui.
- Oi. - falo.
- Sente-se, Sina. - me sento ao lado do casal, e olho para eles um pouco envergonhada, por está sendo analisada. - como você sabe: Esses daqui, são o senhor e a senhora Urrea. - o meu coração dispara por alguma razão, desconhecida por mim.
- É um prazer conhecer você, Sina. - a mulher, fala com uma voz muito doce, e ela ainda sorria.
- O prazer é todo meu. - minto, para ser educada, mesmo que não seja o que eu esteja sentindo.
- Quero saber um pouco sobre você, Sina. - o homem fala, sendo direto, gosto disso.
- Como vocês sabem: Meu nome é Sina Maria Deinert, tenho 16 anos, nasci no Brasil, e vim morar nos Estados Unidos, aos 10 anos de idade. - falo tudo, rapidamente, querendo acabar logo com isso.
- Me conte sobre o acidente de carro, com os seus pais. - o senhor Urrea pedi, e eu respiro fundo. Não gosto de falar desse assunto, ao menos gosto de pensar sobre isso.
- Em uma quarta-feira a noite, quando estávamos eu, a minha mãe e o meu pai. Estávamos ouvindo "happy". - solto uma risada fraca, lembrando daquele momento. - Estávamos felizes, meu pai tinha ganhado uma promoção no trabalho, entramos em uma rua deserta. Senti a tensão entre meu país, quando vimos um carro parado na nossa frente. - lágrimas escorrem pelo o meu rosto, mas eu as limpo, rapidamente.
Flashback on
- Mãe. - chamo por minha mãe. E a mesma me olha, com lágrimas nos olhos. - por que você está chorando?
- Querida. - ela passa os dedos em meu rosto. - desculpa te fazer passar por isso... E-eu queria que tudo fosse diferente. - ela começar a chorar, descontroladamente.
- Pai, por que a mamãe está assim? - pergunto, para o meu pai, que não me responde. - PAI! - grito, começando a chorar também.
- Toma, fique com isso. - Ela me entrega um bilhete, e pede para eu colocar no meu bolso. - corra o mais rápido que puder.
- Não, eu...
- Faça por mim.... Só vá - uns tiros atravessam o vidro do carro, acertando em cheio a minha mãe e o meu pai, o mesmo recebeu um tiro na cabeça, então morreu na hora, e eu gritei, desesperada. O meu pai não, por favor não. Olho para a minha mãe, vendo que a mesma estava cuspindo sangue. - Eu te amo... Agora... Corre. - a mesma pede, quase sem voz, e eu sussuro eu te amo.
Não penso em mais nada. Saio do carro, e começo a correr o mais rápido possível, sem olhar pra trás. Entro em um contêiner.
- PORRA! CADÊ A PESTE DA MENINA?
- E-eu não sei. - ouço a voz da minha mãe. Depois só ouço tiros, e mais tiros, tampo minha boca para não gritar, e fazer barulho, para não chamar a atenção deles.
- SE VOCÊ ESTIVER OUVINDO ISSO, SUA PIRRALHA, ACABEI DE DÁ UMA PASSAGEM PARA A SUA MÃE E O SEU PAI, IREM PARA O CÉU, AGORA SÓ FALTA VOCÊ, SINA... - homem grito, como se tentasse falar comigo, e mais lágrimas descem pelo meu rosto.
Flashback off
Começo a chorar, e a senhora Urrea me abraça, tentando me reconfortar, e eu não me mexo.
- O que tinha na carta? - a mesma pergunta, depois de um tempo em silêncio, e eu já estava um pouco mais calma.
- Prefiro não falar. - respondo, com a voz fraca, querendo não falar sobre isso.
- Você é perfeita para ser uma Urrea. - a mesma fala, parecendo convicta, e eu só nego com a cabeça, me afastando um pouco dela.
- E-eu não quero.
- Nós não iremos substituir os seus pais, iremos apenas cuidar de você, por favor nos deixe fazer isso, por você. - o senhor Urrea pede, e eu, mais uma vez, nego com a cabeça. Saindo correndo da sala, sem me importar com ele me chamando.
Na sala da diretora
- Nos perdoe por isso. - a diretora fala. - então irão adota-lá? - pergunta, querendo se livrar da sina, logo.
- Sim. - o senhor Urrea responde. - o mais rápido possível.
- Em duas semanas? - a diretora pergunta.
- Perfeito. - a senhora Urrea responde. - ela é a cópia da Alex, e é perfeita como eles me disseram.
- Eles quem? - a diretora pergunta, deixando a curiosidade falar mais alto.
- Não te interessa, só cuide do processo, e em duas semanas estaremos aqui.
Sina p.o.v
Não, eu não vou ser adotada. O jeito vai ser planejar uma nova fulga.
Continua...
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𝖙𝖍𝖊 𝖚𝖗𝖗𝖊𝖆𝖘//ɴᴏᴀʀᴛ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴄᴀᴏ
RandomSina Deinert presenciou a morte dos Pais aos 11 anos de idade,ela foi mandada para um orfanato onde sua vida se tornou um inferno.A mesma teve que aprender a se defender e não esperar pelos outros. Aos 15 anos ela decidiu fugir do Orfanato. A mesma...