3 A briga ✨

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Semanas se passaram, e cada dia nesse orfanato, se torna cada vez mais insuportável. A Megera da diretora, me deu uma função de limpar todo o orfanato, sozinha. Estava exausta de tudo, o que acontecia aqui, e as provocações de Diarra, não pararam. Não queria ser adotada, mas também não queria ficar aqui. O jeito seria uma nova fuga, e desta vez, para bem longe.

Estou no refeitório do orfanato tomando café, sozinha em uma mesa isolada. O pessoal do orfanato se virou contra mim, graças a Diarra, que encheu a cabeça deles. Mas como dizem por aí "melhor sozinha, do que mal acompanhada."

Avisto a Diarra e seu bonde, vindo até mim, e todos se sentaram na mesa em que eu estava.

Essa menina me ama? só pode.

- Oi, Sina- fala, dando um sorriso debochado, em minha direção.

- O que você quer? - pergunto sendo direta, para ela não prolongar o assunto.

- Nada, não posso mais falar com a minha irmãzinha do coração? - ela fala, colocando a mão no meu ombro, e eu tiro.

- Você acha mesmo que eu sou irmã de cobra? assim você me ofende, né? - dou um sorriso debochado para ela. - hoje, você conseguiu me ofender.

- Nossa... Pensei que éramos amigas.

- Nem em outra vida - pego o meu lanche, e estava pronta pra sair, quando a Diarra segura o meu braço, me fazendo parar. - Me solta!

- Senta com a gente, Sina. - ela aperta o meu braço.

- Já mandei você me soltar - puxo o meu braço, com certa força, conseguindo tirar a sua mão do mesmo.

- está com medo, Deinert? - ela me provoca. - a gente não morde.

- Cachorras não mordem? Acho que passei muito tempo dentro de casa. - provoco ela, a fazendo me olhar com raiva. - as coisas aqui no mundo exterior, estão mudando muito rápido. - sorrio para a mesma.

- Cale a sua boca... - eu a interrompo.

- Não, você que cale a boca, será que dá para você, me dar um pouco de paz, nesse inferno? - grito, fazendo algumas pessoas, olharem para nós.

- Abaixa o tom, Deinert. - ela pega o suco de uva, mas eu nem ligo.

- Por quê? vai fazer o quê? - surto. - ir correndo contar para a diretora, para ela me jogar no quarto do castigo? Se quiser, pode ir. - quando termino de falar, ela do nada, joga todo o suco em meu rosto, fazendo todos ao redor, rirem de mim.

- Desculpe, Sina, não era minha intenção fazer isso. - a encaro por alguns segundos, antes de agarrar as suas tranças.

- Sua vagabunda! - começo a distribuir socos pelo seu rosto. As amigas dela, seguram meu braço, me imobilizando no chão. Diarra se recompõe, e começa a dar chutes e socos em minha barriga, e depois por todo o meu rosto, assim como suas amigas. Começo a cuspir sangue, até que vejo Diarra se aproximar.

- Quem é vagabunda agora? - ela sussurra no meu ouvido.

- V-você. - falo, com dificuldade por conta da dor.

- Você gosta de apanhar mesmo, podem continuar meninas. - ela ordena. Lara, uma amiga dela, arranca um estilete de sua calça. Todos do orfanato olham a cena, sem fazer absolutamente nada. A amiga dela crava o estilete em minha perna, me fazendo gritar de dor, antes que pudesse fazer mais alguma coisa, a diretora chega.

- Que porra é essa? - ela grita.

- Ela que começou, e eu só me defendi. - diarra fala. Não consigo nem ter forças para mim defender.

- Levem ela para um hospital. - uma garota fala.

- Não é pra tanto, logo, logo, ela melhora. - puta desgraçada. - já voltou com suas brigas, Sina Deinert?

João me leva pra sala da diretora, onde ela começa a fazer o curativo no meu rosto, e na minha perna.

- Por sorte cheguei a tempo, antes que acontecesse algo pior. - ela fala, jogando alguns curativos no lixo.

- Pelo o amor de deus, para de fingir que se preocupa comigo, esse papel fica ridículo em você.

- Você tem razão- ela rir, e me puxa pelo braço. - sabe onde você precisa ficar para repensar, sobre suas ações? - ela me olha.

Sei muito bem do que ela está falando, ela está falando do lindo quartinho, onde ficavam todas as crianças que não seguiam as ordens dela. Já podiam apelidar esse quarto como: "quartinho da Sina", já que era eu, quem ficava lá, na maioria das vezes.

- Ah...e Sina, você não vai ficar muito tempo aqui, porque amanhã teremos a visita de uma família, que quer te conhecer...os Urreas.






Continua...

              {esse é o quarto}

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{esse é o quarto}

𝖙𝖍𝖊 𝖚𝖗𝖗𝖊𝖆𝖘//ɴᴏᴀʀᴛ ᴀᴅᴀᴘᴛᴀᴄᴀᴏOnde histórias criam vida. Descubra agora