09:18 amJá estava de olhos abertos, mas ainda deitada e absolutamente acordada.
09:19 am
Os olhos ansiosos fixados aos ponteiros do relógio na cômoda, esperando que eles se movam mais um pouco para a direita, até alcançar a hora exata de despertar.
09:20 am
A música estridente e irritante inicia seu toque maçante. O despertador faz seu trabalho como em todos os dias mesmo hoje não sendo necessário, pois, eu já estava desperta durante os 30 minutos anteriores.
Não consigo dizer ao certo o motivo da minha falta de sono.
Pode ser o fato do meu corpo estar acostumado a acordar muito mais cedo que isso, o que é bem provável. E como hoje eu não precisaria ir até a editora, acabei ganhando essas horas extras na cama.
Talvez seja a medicação, que potencializa a resposta do cérebro aos estímulos, deixando o corpo mais ativo ou acelerado.
Ou pode ser apenas insônia, um possível efeito colateral da minha boa e velha depressão.E pode até ser mesmo a ansiedade.
A ansiedade em seu sentido bom, dessa vez.
Essa inquietação no meu peito que me faz querer levantar e ir correndo até… Até o photoshoot.
Se Holland fizesse o que faz de melhor, as fotos seriam impecáveis. Assim como a entrevista foi, apesar de meus deslizes - que acabaram por tornar tudo mais interessante.
Analisando as opções dessa forma, posso definir que o motivo de meus olhos terem se arregalado tão cedo seja, provavelmente, uma combinação de todas.
Em vista disso, me apresso logo que a música odiosa do relógio cessa.
Posso ouvir dezenas de barulhos e vozes pela casa, mesmo com a porta fechada, durante os 20 minutos que eu levo para me arrumar, ouço quase tudo que os outros fazem.
Escuto o barulho do salto fino de Cecília batendo contra piso e também sua voz ao telefone. Os tênis de borracha de Peter correndo no primeiro andar, e a música do desenho favorito de Ana sendo entoada em sua voz e preenchendo a casa.
Percebo que não foi apenas eu quem acordou ansiosa.
Termino de calçar o par de coturnos em meus pés e alcanço a bolsa na cadeira, em direção a porta passo pela frente do espelho, mas tento ao máximo ignorar minha imagem.
Não consigo lidar com ela da melhor maneira, por isso prefiro evitar olhá-la demais.
Logo quando piso no andar debaixo, um furacão de 9 anos com lacinhos no cabelo quase me derruba, mas recùo dois passos e a deixo passar correndo para mesa do café. Ana estava a milhão, mas não posso julgá-la, hoje ela teria sua primeira excursão escolar.
— Bom dia, Rosaline. Venha, seu mingau está esfriando. - Mamãe diz afastando o telefone da orelha.
Mingau
Meu Deus, eu não suporto mingau.
Peter que já está sentado comendo uma torrada, me olha esperando a resposta que ele sabia que eu daria.
— Mãe, você sabia que eu tenho dentes?! Não precisa me fazer comer sempre sopa, ou mingau. Eu tenho a capacidade de comer como eles. Isso não vai me matar.
— Pare de sempre reclamar da sua dieta, senta e come seu prato.
Me aproximo mais da mesa e encaro a tigela, com a pasta branca me aguardando. Sinto meu estômago revirar, e eu concluo que não consigo comer aquilo. Cecília volta a sua ligação e agora o único que tem minha atenção é Pete.
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I promise | Tom Holland | HIATUS
FanfictionÉ sobre ser um ser humano. E nós seres humanos não fomos feitos para aguentar toda essa dor sozinhos. Mas eu não pensava assim até encontrar você. Eu achava que não me restavam mais chances, até a sua promessa ser tudo que eu tinha. Eu queria poder...