O menino de Jersey

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Olaaa, bem.. esse capitulo é  curto.
E um pouco bad, eu vim contar a história  do Levi e como ele conheceu  Farlan.

Espero que gostem  e até  o próximo capitulo❤

***

LEVI.

Meu primeiro contato com o mundo da moda foi quando eu tinha 7 anos, eu estava sentado no sofá da sala esperando que minha mãe terminasse o almoço, a televisão a reprisava um desfile que a Chanel tinha produzido para o Fashion Week, os vestidos que esvoaçavam no ar, os paetes brilhavam em contraste com a iluminação, os modelos com suas maquiagens pareciam bonecos de louça e foi naquele momento que eu descobri o que queria fazer na vida, a eletricidade que eu recebi em meu corpo vendo aquele desfile, o jeito que os pelos do  meu corpo se arrepiava com cada passo que os modelos davam,  me fez perceber que eu queria trabalhar com moda e que moda seria minha vida.

"- Levi, o que está vendo?" Minha mãe caminhou até a sala, limpando sua mão no avental.

Ainda com os olhos vidrados na televisão eu respondi quase que hipnotizado.

"- Mamãe, eu quero ser um estilista." Eu falei devagar.

"- Ah meu filho, essa profissão é muito difícil de conseguir dinheiro, ou conseguir entrar no mercado de trabalho, porque não se tornar médico igual seu padrasto?" ela acariciou minha cabeça.

"- Não,não mamãe, eu quero participar desses desfiles, você vai ver, eu vou ser um grande estilista." Eu falei e ela sorriu um pouco para mim e voltou para a cozinha.

****

Quando eu tinha meus 12 anos, eu comecei a estudar sozinho em meu quarto,  vários croquis compunham minha parede, livros de moda que conseguia na biblioteca da minha escola e pesquisas na internet, meu padrasto não apoiava, o que dificultava de eu estudar, os dias eram trancados no quarto fingindo estar estudando para medicina mas na verdade estava criando  estilo e roupas.

****

Aos 15 anos e descobri algo que gostava do mesmo jeito que gostava de moda, eu me apaixonei pelo jogador do time de futebol da escola, aquela história clichê de filme de adolescente, foi o que aconteceu comigo, toda a paixonite, as idas na arquibancada para vê-lo jogar enquanto eu desenhava, eu me confessando e lógico, sendo dispensado, ele me chamando de anormal por gostar de homens e espalhando pela escola inteira, isso não era problema para mim, eu nunca fui uma pessoa comunicativa, o problema foi quando o boato chegou até meu padastro.

"- Já basta você gostar dessa abominação de desenho e moda, e agora vem me dizer que você é um viadinho?" Ele gritava comigo, minha mãe chorava sentada no sofá.

"- Eu posso explicar." eu falei baixo,meus ombros tremiam.

"- Cala a boca, filho meu não vai ser viado e muito menos estilista, está na hora de você virar homem Levi, um homem que orgulhe sua mãe." Ele saiu andando para o meu quarto e entrou.

"- Naãaao" eu gritei vendo ele rasgar todos os meus desenhos e pegar os livros que eu tinha na minha mesa.

"- De hoje em diante, você vai estudar em casa, não vai mais a escola, não vai ter mais internet e nem esses livros de bixa." ele jogou todo no lixo.

"- Você não pode fazer isso, você não é meu pai." eu falei e acredito que aquilo foi a gota d'agua para ele.

Sua mão voou no meu rosto, um grito agudo de minha mãe soou atrás de mim, mas ela não saiu do lugar e naquele momento eu percebi que eu era uma vergonha para minha própria mãe.

"- Entre." ele falou apontando para meu quarto. " - Você não vai sair dai, até eu mandar." ele falou e eu entrei em passos pesados para o móvel frio que estava lotado de folhas rasgadas.

O diabo veste Prada e tem olhos lindos.Onde histórias criam vida. Descubra agora