XVIII

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Olá, tem alguém aí? Eu espero que sim. Antes de começar, quero pedir perdão e não me responsabilizo pelos surtos. 😏

Falo com vocês novamente no final do capítulo. See ya!



Era tarde da noite e Harry não conseguia dormir. Se remexia nos lençóis de seda, procurando uma posição confortável nos travesseiros macios, mas o formigamento na sua testa não o deixava relaxar.

Após terminarem a refeição, eles se reuniram mais uma vez na biblioteca para conversarem sobre o que fariam nos dias livres, antes de retornarem a Hogwarts. Em algum momento, Blaise o afastou dos outros e o olhou atentamente, antes de repetir as palavras que sua mãe tinha dito quando fora encontrá-la no escritório. Por alguma razão, aquelas palavras lhe mandaram uma mensagem oculta que prometia algo nada bom. E pelo olhar de Blaise, ele sentia o mesmo.

E a sensação não tinha melhorado ao notar que Draco explicitamente o ignorava. A todo momento, ele fingia que Harry nem estava no cômodo.

Harry levantou, assustado. Olhou para a janela e apenas viu o brilho da lua. Ele passou as mãos pelo rosto e se inclinou para alcançar os óculos, justamente quando a porta do seu quarto era aberta; reprimiu a vontade de gritar quando encarou o invasor.

"Draco?"

O loiro apenas fechou a porta sem dizer nada, passando o trinco na mesma. Ele andou calmamente até o meio do quarto e Harry pôde visualizar o perfil do sonserino; usava as mesmas vestes da noite e parecia inexpressivo, mas o moreno começava a conhecê-lo melhor agora. 

Malfoy estava nervoso.

"Eu escutei você gritar." ele disse, em um murmúrio.

Harry não se lembrava de ter gritado em nenhum momento, e apenas encarou o outro rapaz. Mas ele não disse mais nada.

"O que você quer?" Harry perguntou, voltando a se recostar na cama. O formigamento tinha diminuído.

Ao invés de responder, Draco andou até a cama, e se sentou do lado oposto à Harry. Ele encarava os lençóis de maneira quase curiosa.

"Obrigado pelo presente." disse, apenas.

Potter se lembrou do que havia mandado; uma caixa com várias poções a qual ele achava que o loiro adoraria. E talvez ele tenha tirado algumas da dispensa pessoal do professor Snape. Só talvez.

"Espero que tenha gostado, Draco." ele murmurou, e virou o rosto para encarar o loiro de vez. Malfoy imitou o seu gesto, o encarando.

"Eu não sabia o que te dar, Harry." ele falou, como se respondesse a pergunta não feita do moreno. "Nenhum objeto era certo."

Harry se moveu até ele, a proximidade fazendo com que eles sentissem o calor um do outro.

"Não precisava ter se preocupado." conseguiu dizer.

Malfoy esticou a mão e tocou a dele. Uma sensação boa tomou conta deles, como se sempre precisassem daquilo para se sentirem seguros. Draco levou a mão de Harry até sua própria bochecha, fazendo carinho nela. 

Harry prendeu a respiração.

"Eu disse que não havia nenhum objeto certo. Mas, ainda quero te dar o presente, então eu pensei... Em mim." a voz dele estava carregada de emoção, os olhos cinzas o encaravam profundamente. Potter levou alguns segundos para processar o que ele estava sugerindo.

"Você... Seu presente..." ele simplesmente tinha esquecido como respirar.

"Quero fazer amor com você, Harry." Draco disse, e acrescentou: "Apenas se você quiser, é claro."

Amortentia [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora