The Experiment - Jenlisa Version.

Part 31.

Jennie se espreguiçou, se deitando no sofá, Lalisa estava no banheiro lá em cima, mas logo voltaria para a tão 'aguardada' discussão de relação. 

"Sinceramente, o que Tzuyu tinha na cabeça?" Jennie se imaginou discutindo a relação com Lalisa:

"Eu te odeio, passei por situações odiosas com você, vou te odiar para sempre. Não era bem o que Tzuyu iria querer que Lisa ouvisse, não era? Então por que essa ideia ridícula? A não ser que ela ache que eu vou dizer outra coisa", pensou Jennie. "Ha. Sem chance". Lisa desceu as escadas e, ao chegar à sala, se sentou na poltrona ao lado de Jennie 

Em um dia que parecia ter sido há séculos atrás, Lisa a havia feito chorar bem ali. "Mas agora não", Lalisa pensou, segura.

–Pode começar – disse Lisa.

–Por quê?

–Porque eu falei primeiro. 

–Isso está me cansando. 

–Não custa nada...Comece...

Jennie a olhou profundamente.

–Por favor...

- Tudo bem, desisto, por onde quer que eu comece?

–Depois de quatro dias e meio aprisionada comigo... como se sente? 

Lisa a analisou por alguns segundos.

–Eu não sei.

Era tudo que Jennie não queria ouvir.

–Aah... não sabe.

–Não, não sei. Às vezes, eu quero matar você. Outras... er... 

–Ok. Esquece.

Lisa sorriu.

–É. Você pegou a ideia. Às vezes, eu te odeio. Às vezes, eu gosto de você. 

–Gosta em qual sentido? – perguntou Jennie, sem se conter, se arrependendo meio segundo depois.

Lisa a observou detalhadamente.

–Não sei. Quando eu descobrir, você será a primeira a saber. 

Jennie mordeu o lábio.

–Certo. Estou na mesma situação.

–Gosta de mim, então?

–Da mesma forma que você gosta de mim: eu não te desgosto. 

Lisa quase riu.

–Acho que você não entendeu. Não estou indiferente. Eu gosto de você, só não sei se é um gostar...

-Saudável – sugeriu Jennie.

–Gostar de forma apaixonada é saudável – retrucou Lisa, franzindo o cenho. 

–Não para nós.

–Por que não?

–Porque... er... – e, pela primeira vez, Jennie não conseguiu pensar em nada.

Lalisa parecia ter lido a mente de Jennie.

–Acabamos de confessar que não nos odiamos. Por que, afinal, não poderíamos estar apaixonadas? 

Jennie abaixou a cabeça, mordendo o lábio.

–Por que eu não me sinto atraída por mulheres, talvez? 

–Podemos manter um relacionamento puro e inocente.

Jennie riu, a tensão se dissipando. 

–Você é inacreditável!

Lisa sorriu, o ego amaciado. 

–Vamos pular esse assunto agora, o próximo item é o futuro. Como você acha que vai se sentir em relação a mim quando essa semana acabar?

–Se eu mal sei como se sinto agora, como vou saber como vou me sentir? 

–Você pode ter sonhos. De uma grande família feliz, por exemplo, com crianças e um cachorro – disse Lisa, fazendo-­a rolar os olhos. 

–Talvez o cachorro, mas não as crianças. 

Lisa abriu um sorriso enorme.

–Muito bem, então. Trocamos as crianças por outro cachorro.

–E você? Como vai se sentir?

Lisa semicerrou os olhos em direção a Jennie.

–Não sei. Sinceramente, não faço ideia. Vamos aceitar temporariamente a hipótese da grande família feliz.

–Nada de grande família feliz, eu só estava brincando. Eu não gosto de você assim. 

–Você não sabe. Nem eu – mentiu Lisa. – Você pode descobrir que me ama. 

–De hoje para amanhã? – perguntou Jennie, cética.

–Claro. Em uma noite na mesma cama que eu, posso fazê-­la concordar em ser minha esposa facilmente. 

Jennie virou os olhos, as bochechas ficando vermelhas. 

–Nos seus sonhos. E dá para controlar o seu ego?

Lisa sorriu.

–Provavelmente não.

–Acho que acabamos nossa discussão.

–Foi divertido.

–Adorável. 

–Descobri que você me ama...

–Mentira.

–Verdade, você só não sabe ainda... 

–E eu descobri que você me ama! – atacou Jennie. 

–Foi tão óbvio assim? – brincou Lalisa.

Jennie jogou uma almofada que deveria acertar Lisa no rosto, mas ela a agarrou no ar.

–Você me irrita.

–Você já disse isso. Roteiro?

Enquanto Lisa lia, Jennie rolou os olhos.

–Descobri meu sentimento do futuro com você. Você vai me irritar para sempre.

–Para sempre com você? É uma perspectiva animadora.