Pedaços de mim

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Há cacos por todos os lados,

são lembranças de minha queda;

Eu fora como vidro fino,

agora sou faca afiada.

E não haverá restauração,

seria preciso grande arte;

Juntar os meus cacos foi a opção;

Peço desculpas pelos cortes.

Os meus inúmeros pedaços

eu até considerava inúteis,

intocáveis e perigosos;

Delicadamente cortantes.

Rapidamente descartada,

recuperada e derretida;

Enfrentei altas temperaturas;

Contínuas pancadas da vida.

Aquário, taça, prato, copo

Ou qualquer vidro que eu me torne.

Se quando mais tarde, quem sabe;

Eu venha novamente a cair;

Serei mais forte e resistente,

o processo eu não temerei;

Se insistirem em me tombar;

Eu cairei, mas levantarei!

Eixo Escrito das EstaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora