A velhice é o outono da vida

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Quando o outono chegar

E a escuridão for igual ao dia;

Não será tão fácil enxergar

A luz do sol que irradia.

Minhas folhas mais belas cairão

e meus galhos se fatigarão.

O cantar inocente dos pássaros;

Meus ouvidos ignorarão.

Talvez eu não tenha mais força

para balançar a criança

ou me cale diante do vento

por falta de confiança.

Minhas raízes enfraquecidas

trarão consigo a solidão

e a saudade do tempo no qual

minha sombra era proteção.

Economizarei energias

para o frio que virá,

com o solstício em que a

noite maior que o dia será.

E quando as águas da lembrança

partirem em retirada

e não houver esperança

para minha madeira abalada;

Em ensejos de memória,

ao contar minha história;

Alegrar-me-ei por meus frutos

e pela semente lançada.

Eixo Escrito das EstaçõesOnde histórias criam vida. Descubra agora