Capítulo um

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Eu vim da roça

Notas iniciais: Oi, lindezas, como estão? <3 Espero que estejam todos bem e se cuidando, ein?! Bom, só o que tenho a dizer é pedir desculpas... Demorei demais, né? E nem tive um real motivo pra isso, hahaha Apenas me perdoem e apreciem o capítulo :3

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A novinha não me quer, só porque eu vim da roça.

Sasuke desceu da caminhonete, colocou as mãos na cintura e respirou profundamente o ar – nem tão – puro da cidade grande. Foram quase seis longas horas de viagem de sua cidade natal até Konoha e não podia se sentir mais realizado.

Depois da surpresa com a reação dos pais, Mikoto e Fugaku providenciaram tudo o que precisaria para o próximo ano morando em uma cidade estranha: ligaram para a escola, contaram sua situação e todo o membro docente já estava a par de sua chegada. Só precisaria fazer uma prova para saberem se estava de acordo com o ensino do terceiro ano do ensino médio e estaria tudo ótimo!

Passaria o tempo na casa de seu tio, Uchiha Madara – um homem de cinquenta e cinco anos sem esposa ou filhos e que vivia para o trabalho. Ele era primo de seu pai e mantinham contato regularmente; a felicidade que o homem tivera em saber que não passaria o próximo ano sozinho era contagiante.

Portanto, uma semana depois de contatá-lo, Madara apareceu na porteira da fazenda dentro de sua Range Rover Evoque vermelha com um sorriso orgulhoso estampado no rosto de mármore. Em pouco tempo estavam prontos para partir, levando acoplada à Ranger Rover a velha e enferrujada caminhonete Ford preta de Fugaku para que Sasuke tivesse um meio de locomoção mais rápido na cidade.

Chegou em uma quinta-feira, sua prova seria no domingo, e duas semanas depois as aulas começariam. Aquela antecedência serviria também para conhecer a cidade e ver como as coisas eram diferentes por lá. Usou a sexta e o sábado para revisar algumas coisas de que não se lembrava – não muitas, pois tinha um ritmo agradável de estudos com o irmão mais velho, Itachi, na fazenda.

Então, quando recebera a nota na segunda-feira – um grande e visível nove ponto oito –, não se surpreendeu, mas também não deixou de ficar feliz. Sinal de que todo o tempo dedicado não fora em vão, assim como seus pais sempre diziam.

E, naquele instante, vestindo um antigo e desbotado macacão de jardinagem, uma blusa preta sem estampas e um All Star preto para lá de velho, Sasuke desceu as escadas de granito cor marfim da casa de seu tio. Encontrou-o na cozinha de estilo americano, sentado na bancada central de mármore cinza enquanto lia um jornal e tomava uma xícara de café quente.

— Bom dia, tio! — cumprimentou-o alegremente, sentando-se ao lado do homem e apanhando uma xícara para servir-se de café.

— Bom dia, sobrinho — o homem respondeu com a voz arrastada. Sasuke encontrava-se completamente vestido e ele ainda usava o calção de dormir. — Acordou cedo...

— Sim... — confirmou, tomando um gole da bebida quente e completamente sem açúcar. — Lá na fazenda nóis custuma acordá ants du sol nascê, junto cas galinha! — E riu, puxando a cesta de pães para perto de si. Pegou um pãozinho e cortou-o no meio com a faca.

— Isso é que é disposição! — E mais velho riu. — Bom, você já sabe o caminho do colégio. Pode ir sozinho na caminhonete, né? — Madara perguntou, dobrando o jornal ao meio e depositando-o sobre a bancada. Sasuke balançou a cabeça positivamente enquanto ainda mastigava o pão com manteiga.

— Pó dêxá, tio! — respondeu, engolindo o pedaço de pão com uma golada de café. Madara acenou positivamente e suspirou, levantando-se do banco alto de madeira, alegando que iria se arrumar para o trabalho.

Desejo incandescenteOnde histórias criam vida. Descubra agora