Cap.79

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Alice'Pov

Batia meu pé inquieta no chão da Van escutando os tiros ficarem cada vez mais baixos até não ter mais nem um barulho de tiro, abro a porta da Van e vejo aquele monte de vapor tudo na guarda ali

Patroinha, a Lei mandou tu num sair não pô - o BN fala, um vapor do morro

Mas ja acabou a troca de tiro - falo

Mai' eles tão fazendo varredura patroinha, se tu sair, nois vai pra cova pô - outro vapor fala

Alexia não vai fazer nada com vocês só quero ir ver se eles tão bem - falo sentindo meu peito se apertar - vai alguém me leva até onde ela ta- falo e vejo eles se olharem

Vai dar bosta - um deles fala e o BN suspira fundo começando a andar e eu do lado dele mancando

Comecei a andar mais rapido com um aperto no peito e ele me  acompanhava sem dizer nada,.assim que chegamos na esquina da boca principal, eu acho eu vi minha irmã meus tios o Fabio e o Nicolas de costas pra nos, sorriu olhando pra eles e olho pra cima da laje de uma casa ali pertinho uma arma apontada na direção deles e uma pessoa abaixada ali

Alexandre

ALEXIA - grito vendo ela se virar sorrindo e escuto dois disparos de tiro em seguida de vários outros, vejo a Alexia cair ajoelhada no chão e eu corro até ela nem me importando com a minha perna machucada

Alexia - meu padrinho fala segurando ela e a deitando, vejo as lagrimas banharem o rosto de todos ali e eu me desespero sentindo as lagrimas escorrerem frenéticamente pelo meu rosto acompanhadas pelos soluços

Não, não, não - falava me ajoelhamdo do seu lado vendo ela começar a tocir com o sangue saindo pela sua boca, estabiliso seu pescoço pra ela não engasgar ainda soluçando e escutando o Fabio e meus tios mandarem um radinho pedindo um carro e avisando meu pai eu acho

Alexia - o Nicolas fala em um tom desesperado colocando a mão dele no ombro dela e a mão dele na barriga dela estancando o sangue vejo ela olhar pra ele assutada quase inconsciente- não dorme, fica acordada ta - ele fala ainda com a mão dele na barriga dela e eu escuto ela urrar de dor

Logo seus olhos param em mim que estava com a mão no pescoço dela chorando, a vista foi começando a ficar embaçada por causa das lagrimas, ela não podia me deixar

A.. Ali..- ela fala quase sem ar

Não, não,nao, cala a boca cala a boca fica quieta - falo desesperada

E.eu am- a voz dela vai sumindo

Alexia, Alexia - me desespero vendo seu olhar vago ainda parado no meu rosto - não, não, nao, CADE A MERDA DO CARRO - eu grito desesperada e chorando e eu vejo um carro vindo rapido

Eu não consegui dizer nada, meu Tio Matheus pegou ela no colo e a colocou dentro do carro eu entrei junto com o Nicolas e meu Padrinho e meu tio Matheus

Não podemos ir pro hospital  se não vão puxar a fixa dela- o Nicolas fala enquanto meu padrinho dirigia e eu soluçava

Vamo pro morro mesmo - meu Padrinho fala entre lagrimas, cerca de minutos ja estavamos no morro, assim que chegamos fomos pro patinho vendo a família fora junto com enfermeiros com uma maca e vários equipamentos nas mãos, meu pai abre a porta do carro rapidamente e tira ela com cuidado do meu colo e eu vejo seus olhos cheios de lagrimas, tanto quanto o da familia inteira, ele coloca ela na maca e entramos correndo no postinho

Tinha alguns moradores ali

Sem pulsação, quero uma sala de cirurgia e preparem o carrinho de parada - uma doutora fala e algum doutor fala que não podíamos entrar, vejo a minha irmã sendo levada

Sinto bracos me rodiando e vejo meu pai me abraçando

Ela não pode deixar a gente pai, ela não pode, ela não tem esse direito - falava em meio de soluços

Ela não vai deixar a gente, tamo falando da Alexia filha, ela é forte - ele fala chorando também e eu minha mãe e o Tony vem nos abraçar junto

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