Pedro
O farol do carro anuncia que a minha mãe chegou.
Levanto da cama da qual estou sentado ao lado da menina e corro até a porta.Quando abro, a minha mãe já está fora do carro olhando o local ansiosamente e Marco desce apressado.
- Mãe. - Chamo.
- Pedro! - Ela começa a chorar quando vem correndo na minha direção.
Seus braços me apertam contra o seu corpo em um abraço forte e aliviado. Suas mãos passam pelo meu cabelo, costas e braços enquanto ela agradece inúmeras vezes por eu estar vivo.
Atrás observo meu pai respirar aliviado, seus ombros caem e o vejo chorar. A única vez que vi ele chorar foi quando a Antonella nasceu. Ele se aproxima e com seus braços longos abraça nós dois. Estou com a minha família novamente.
- Meu amor! - Minha mãe segura o meu rosto, olhando cada centímetro - O que é isso na sua testa? Seus lábios cortaram? Aí meu Deus! Não consigo nem pensar no que fizeram com você. - Abraça novamente.
- Estou bem, mãe. - Sorrio entre lágrimas.
- Como fugiu? - Meu pai pergunta.
O que me faz lembrar da garota dentro do quarto. Peço para que eles esperem um minuto e volto, tendo a frustrada vista do quarto vazio.
- Filho? - Minha mãe aparece no batente confusa.
Ela não fez isso.
Ela não fez isso.Repito pra mim mesmo enquanto vasculho o pequeno cômodo.
- Ela estava aqui! - Explico indignado - Bem aqui!
- Quem? - Meu pai questiona confuso ao entrar.
- A menina que me tirou de lá.
- Uma menina? - Minha mãe pergunta mas logo seu rosto muda. - Loira?
- Sim, mãe. Eu sei o que vocês acham...
- Acho nada. Só estou confusa do porque você quer saber onde está a menina que participou do seu sequestro.
- Ela me tirou de lá!
- Depois de te ajudar a colocar. - Rebateu. Ela respira e continua - Olha filho, eu só quero te levar pra casa e te manter em segurança. Por favor. - Pede chorosa.
- Depois procuramos ela. - Meu pai sugere e recebe um olhar reprovador da mulher dele.
- Acho que a melhor opção é ir embora.
Outro farol liga. Olho por cima do ombro da minha mãe e vejo o carro velho dela ligar. Passo pelos meus pais, mesmo com eles perguntando o que foi.
Posso vê-la dentro do carro, ela está indo embora. Realmente estava indo embora. Seu pé desce no acelerador e eu corro mais, minhas pernas cumpridas me ajudam a chegar rápido o suficiente na frente do carro e quase ser atropelado. A minha mãe grita quando coloco a mão no capô e encaro os olhos vermelhos e molhados da garota.
- Desce. - Movo os lábios irritado.
- Está maluco!? - Minha mãe me puxa pelo braço me dando um chacoalhão. - Está de brincadeira comigo?
- Calma, amor. - Marco segura os braços dela e entramos em uma pequena discussão em família.
- Desculpem. - A voz dela faz a discussão parar e todos os olhos ser voltado na sua direção.
- Pelo que, especificamente? - Minha mãe ataca.
- Para! Você não sabe os motivos dela.
- Tem mais algum além do dinheiro?
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Procura-se um Pai III
RandomMesmo depois de tantas brigas e dramas, Amélia e Henry vão ter que deixar as diferenças de lado e se unir para um bem maior e o relógio é o seu pior inimigo.