A aposta

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***Diário de Tom Riddle***

Felpudo, caixa d'água e caverna

As dificuldades podem fazer você desistir, pode se sentir inútil em não conseguir resolvê-las. Me senti assim quando levei aquela surra, mas nunca esqueci o que aquela menina fez. Mesmo sendo uma trouxa cuidou de mim, não me tratava da mesma forma que os outros. Você sabe né? Sempre tenho que lidar com meus infortúnios, a sorte não está do meu lado. A garota não durou muito na minha vida e sumiu imediatamente como todos fazem. Todos me abandonam. Minha mãe fez isso, o Felpudo fez isso e ela fez.

       Não quero falar disso agora, preciso lhes contar como tive um bom amigo antes da Nagini. Alguns dias se passaram depois daquela briga e fui para os jardins. A Jenson estava lá e ouviu alguns choros. Corremos até onde vinham esses grunhidos. Era um filhote de cachorro e estava com a pata quebrada.

_ Olha, Tom! É um filhote - disse pegando e acariciando o cão. Aí ele está com a pata quebrada. Tem como cuidar disso? - disse tristonha.

_ Eu? Não posso eu só destruo as coisas. - disse olhando o filhote.

_ Por favor, não acredite o que dizem. 

Fechei os olhos e só ouvi o filhote dar um choro alto. Quando acordei vi que ele já estava em pé e andando devagar. As pernas ainda doíam, mas era garantido que andaria.

_ Eu disse. - disse ela sorrindo. _ Qual nome dele?

_ Não faço ideia.

_ Que tal Felpudo?

_ Que engraçado! - disse rindo. _ Não podemos ter animais e teremos que escondê-lo! Pode ser perigoso porque se a Sra. Cole nós pegar ficaremos sem comer por horas.

_ Ok, onde vamos colocar ele? - disse o pegando.

_ Tem uma salinha que fica no pátio do prédio, ninguém vai lá. - fiz um sinal para vir comigo. _ É provável que ele esteja com fome. O filhote ficou na salinha, o cãozinho começou a pular e Jenson começou a cantar uma musiquinha.

Felpudo balance seu rabinho, me cheire com focinho, late para mim e vem brincar comigo

Pule duas vezes, finja-se de morto.

Balance o rabinho, balance, o rabinho

Vamos para o lado e depois para outro, essa é dança do Felpudo.

Balance o rabinho, balance, o rabinho

     Depois que a caminha e comida do cachorro estava pronta fomos dormir. Mas para nossa surpresa aquelas crianças trouxas malditas sabiam que tinha um cachorro. Sim, fizeram fofoca! Contaram para Sr. Cole que tínhamos um animal, ela não brigou e disse: " Você pode ficar com ele, Tom. Acho que fará bem a você". Billy também não aguentou ter um amiguinho pediu um coelho de aniversário. Nós não ganhávamos muitos presentes. Alguns dias depois aquele salafrário ganhou um coelhinho. Ele e nem as crianças se esqueceram de mim, deram um jeito de fazer eu sumir.

_ Olá, Tom. - disse um menino de cabelos loiros. _ Você tem coragem de pegar a bola na caixa d'água? Sabe que acontece? Todu mudo tem medo de ir lá po conta dos fantasma.- disse o menino que tinha dificuldades na fala.

_ Olá, Alisson! Acredito que eles são bando de medrosos. Você quer que eu pegue para você?

_ Claro!

_ Ei, você vai pegar? - disse Billy.

_ Por que você não tem coragem?

_ Eu aposto que não entra lá. - disse com sede de vingança.

A magia do anel -  TomioneOnde histórias criam vida. Descubra agora