St. Claire é um colégio preparatório interno para meninas. E Bailey que passou sua vida naquele lugar, já não aguenta mais.
Sua vida vira de cabeça para baixo quando Effie, uma novata que é seu oposto chega na escola. Juntas, elas descobrem que o am...
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Peguei o cartão chave na portaria que meu pai tinha deixado pra mim. Ele tinha reservado um quarto para eu não ter que dormir no colégio no meu aniversário.
Quando entrei no quarto, ele estava cheio de balões coloridos presos em fitas, um cartão em cima da mesa me desejando um feliz aniversário, vários chocolates e duas flores brancas. Sorri, tudo ideia do meu pai.
Mas agora eu só queria tomar um banho naquela banheira, comer chocolates e assistir televisão até que essa noite acabe. Joguei os presentes em uma cadeira, tirei meus sapatos e relaxei deitando na cama fechando os olhos.
De certa forma, o dia foi bom. Eu não precisava esconder nada de ninguém agora. Meu pai me aceitava com cabeça confusa ou não. Meus amigos me odiavam mas no fundo eu sabia que não seria por muito tempo, e eu tinha a Effie. Precisava ignorar as coisas ruins envolvidas. Uma delas seria ter que aguentar algumas meninas venenosas no colégio, mas isso é o de menos. Agora, mais que nunca eu não me importo com o que as pessoas acham ou deixam de achar de mim. Confusa ou não, eu me aceito e isso basta.
Levantei indo ligar a TV e ficando na cama apenas assistindo um desenho animado que passava na hora. Estava com preguiça de fazer qualquer coisa. Meu celular começou a tocar e fui buscá-lo na bolsa.
- Oi pai. – Eu atendi.
- Como está a festa?
- Está ótima, pai. Obrigada por tudo.
- Está meio quieto, não?
- Não, eu estou no banheiro.
- Divirta-se filha. Vou estar voltando amanhã.
- Boa viagem pai.
- Feliz Aniversário.
Desliguei e vi que tinha umas 10 ligações, de Austin e Daisy. Inclusive uma mensagem da Daisy dizendo pra eu ligar pra ela. Não hoje.
Quando estava caminhando para o banheiro que tinha uma linda banheira Jacuzzi gritando para ser usada alguém bateu na porta. Eu sinceramente esperava que não fosse nenhum dos meus amigos, por hoje bastava.
Mas quando abri a porta vi a melhor pessoa que podia estar ali. Effie.
Ela segurava um champanhe no alto e duas taças.
- Ainda é seu aniversário. – Ela entrou no quarto indo até a mesa.
- Effie! Eu não esperava você me trazendo bebida depois de eu ter te deixado com aqueles loucos.
- Está tudo bem, você está perdoada. – Ela abriu o champagne e levei um susto com o estouro no quarto. Encheu as duas taças e me entregou.
- Obrigada.
- Feliz 17 anos. – Nós brindamos, tomamos e ela me beijou. – Eu trouxe música. – Ela tirou um pendrive da bolsa e foi até televisão conectando e colocando no máximo volume.
