10. FRIEND OR FOE?

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Eu não andava me sentindo muito bem esses dias, simplesmentes não estava

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Eu não andava me sentindo muito bem esses dias, simplesmentes não estava. A sensação de estar presa na minha própria vida era real. E por mais que eu tivesse a Effie, ainda sim, parece que a qualquer momento algo iria fazer com que tudo aquilo acabasse. Seja o fim do colégio, o verão, qualquer coisa.

Effie vinha tentando me animar mas sem muito sucesso. Geralmente a negatividade vinha da Effie, mas algo esses dias estava me incomodando e eu não sabia o que era.

Eu estava saindo da biblioteca, a gente teria um teste amanhã, e tudo isso com a Effie tinha me afastado das minhas obrigações escolares, e agora eu estava tentando compensar o tempo perdido estudando o dia inteiro. Acabei sendo expulsa pela bibliotecária, as 6 da noite. Os corredores da escola estavam vazios e praticamente escuros.

Eu ainda tinha que atravessar o campus pra chegar no dormitório.

- Bailey! - Escutei um grito atrás de mim. Me virei pra perceber que era a Effie, fiquei confusa em ver ela saindo do colégio.

- O que você está fazendo aqui? Achei que você tava no dormitorio.

- Eu estava, mas decidi vir procurar você. Cheguei na biblioteca estava fechada. - Ela falou recuperando o fôlego.

- Você nem tem o mesmo teste que eu amanhã. - Fiquei confusa.

- Eu sei. Eu tive uma ideia. - Ela sorriu maliciosamente.

Ela nem me deu tempo e pegou minha mão. Ela saiu me arrastando quase correndo pelo campus.

- Pra onde você está me levando, Effie? - Perguntei alto exigindo uma explicação.

O campus estava deserto, a iluminacao artificial era quase inexistente.

- Vamos fugir! - Ela falou rindo e gargalhando.

- Você enlouqueceu de vez?

- Não!

Ela continuou me guiando. Dessa vez ela não segurava mais minha mão, mas eu a seguia de qualquer forma. A gente estava quase correndo.

- Temos que ir por dentro, senão o porteiro não vai deixar a gente passar.

- Por que mesmo eu estou seguindo você? Se eu ainda acho que essa foi a sua pior ideia.

- Fala baixo.

Nós entramos pela floresta e mais uma vez tivemos que pular alguns cercados que já não faziam mais parte da propriedade da escola.

- Você provavelmente nem sabe pra onde está indo.

Assim que falei isso comecei a escutar o barulho dos carros.

Sim, ela sabia. Ela virou pra mim, e sorriu de forma debochada.

Lá estava a estrada principal. Seus arredores de árvore, única forma de chegar até a civilização.

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