Madara:
Por conta de um problema na reunião semanal de professores, acabei por me atrasar na volta para casa. Ao finalmente adentrar a espaçosa sala de estar, tirei meus sapatos apertados e me escorei na parede, absurdamente cansado pelo dia exaustivo.
Suspirei, enfim poderia descansar. Joguei a maleta com os conteúdos escolares acima de uma das poltronas, praticamente me jogando acima do sofá que nunca havia sido tão confortável.
Encostei a cabeça contra o braço do sofá, soltando sem poder me conter um singelo sorriso por poder relaxar após aquele longo dia. Aqueles adolescentes realmente iriam me endoidar, estava a um passo de estrangular cada um deles com minhas próprias mãos.
Fechei os olhos, praticamente adormecendo pela exaustão que me consumia. De repente, enquanto vivenciava uma serenidade cada vez maior, senti leves puxões em poucas mexas do meu cabelo, completamente solto e escorrido na parte lateral do móvel.
Abri os olhos instantaneamente, me deparando com uma pequena figura que me encarava com um olhar travesso e um sorriso sapeca, enquanto segurava com força o seu urso de pelúcia contra o peito.
– O papa tá nanando? – Perguntou em um tom completamente levado, soltando baixos risos ainda audíveis.
Minha vontade ao ouvir aquela tonalidade era de pegá-lo no colo e enchê-lo de mordidas e apertões para aprender a não desafiar o seu pai, porém estava cansado demais para isso. Bocejei, me sentando no sofá e o pondo entre minhas pernas.
– Não, Obito. – Brincava com seus cabelos bagunçados enquanto falava, o fazendo rir. – O papai está acordado.
Virou a cabeça em poucos graus para observar meu rosto, sorrindo cativantemente em seguida. Seus pequenos dentes de leite faziam contraste perfeito com o resto de seu delicado rosto, o que só me fazia sorrir junto dele.
– Papa, qué vê meu quato? – Tive dificuldade no início de entender que ele se referia ao seu quarto, mas logo assentindo a sua pergunta.
Animadamente deu um salto para o chão, puxando a minha mão para que me levantasse também. Andava cantarolando pela casa, já completamente confortável e a vontade em seu novo lar, o que só me fazia me sentir ainda mais radiante pela sua presença.
Subiu as escadas devagar pelo tamanho de suas pernas, tratando de continuar a segurar minha mão enquanto subia os degraus. Ao enfim chegar no andar superior, apressou seus passos até o último quarto do corredor, meu antigo escritório que agora era o seu quarto.
Ao entrarmos juntos no local, me surpreendi por completo, quase não reconhecia o recinto que antes era tão velho e cafona. As paredes pintadas em azul claro davam destaque para os móveis de madeira em cor branca, totalmente novos e modernos.
Em uma das paredes, o seu nome estava escrito com letras brancas e médias, enquanto tinham poucos bonecos em sua superfície. Seu guarda-roupa, cômoda, cama, caixa de brinquedos e até mesmo lustre combinavam com os tons, deixando tudo perfeitamente agradável de se apreciar.
Tudo ali combinava perfeitamente com o pequeno, que parecia ter amado tanto o ambiente que seus olhinhos chegavam a brilhar. Ele estava completamente envolvido com o seu novo brinquedo, um dinossauro, enquanto o apresentava para Teddy.
Inesperadamente, senti um calor familiar envolvendo minha cintura e costas, logo pondo apoiando um certo peso contra um de meus ombros. O olhei pelo canto dos olhos, sorrindo modesto e envolvendo suas mãos contra minha barriga, entrelaçando nossos dedos.
– Não está tudo incrível? – Hashirama perguntou empolgado, dando-me um pequeno beijo na bochecha próxima ao ombro que apoiava seu queixo. – Nosso pequeno agora tem um quarto!
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𝐎𝐮𝐫 𝐂𝐡𝐢𝐥𝐝 • 𝐇𝐚𝐬𝐡𝐢𝐦𝐚𝐝𝐚
RomanceOnde Madara e Hashirama decidem que a família estava pequena demais, e acabam por adotar o pequeno Obito, de quatro anos. Avisos: > Universo alternativo ao de Naruto. > Os personagens não me pertencem. > A fanart da capa não me pertence, todos os...