Madara:
Ao ouvir as palavras de Hashirama, franzi meu rosto em dúvidas. Havia sido ele que insistira na ideia de adotarmos um filho, era mais que justo que Obito carregasse o seu sobrenome. No entanto, me mantive quieto para depois conversarmos sobre o assunto a sós, não era um problema para mim o fato de meu filho ter Uchiha em seu nome, pelo contrário, fazia com que eu me sentisse honrado.
Akemi escreveu algo no registro, virando os papéis em seguida em minha direção. Observei, ali constava todos os dados do garoto, além de uma foto aparentemente antiga, onde ele olhava para frente com um semblante triste. Seus traços estavam pouco menos desenvolvidos comparando com os de agora, o que provavelmente significava que a fotografia havia sido tirada na época em que seus pais biológicos faleceram.
Em seu nome, no topo da página, estava escrito orgulhosamente "Uchiha, Obito". Logo embaixo, uma longa linha em branco para que o portador do sobrenome assinasse. Ao pegar a caneta ao lado dos papéis, olhei para meu marido, que me observava atento como se dissesse "Vá em frente".
Assinei no lugar proposto, logo devolvendo a documentação para Akemi, que carimbou no meio da página a palavra "adotado" em letras fortes e vermelhas. Se levantou, esticando o braço na minha direção.
Pus Obito delicadamente no chão ao meu lado para que pudesse me levantar, enquanto ele me fitava com o rosto pouco virado e confuso. Me levantei e apertei a mão da mulher, sendo seguido por Hashirama, que fez o mesmo.
– Meus parabéns senhores, Obito é oficialmente da família agora. – Sorriu gentilmente com os olhos fechados. – Eu vou pedir para alguém arrumar as coisas dele, podem aguardar enquanto isso na recepção.
Assentimos. Hashirama pegou em uma das gordinhas mãos de Obito calorosamente, enquanto ele segurava seu brinquedo com a outra. Saímos da secretária do local em silêncio, como não nos conhecíamos de fato ainda, poderia ser estranho para o menino se falássemos algo que soasse ruim.
O pequenino andava lentamente ao lado de Senju enquanto olhava curioso para os lados do vasto corredor, provavelmente aquela era uma área onde mesmo morando no local não conhecia ainda. Ao chegarmos na recepção, nos sentamos em duas das várias cadeiras vagas, Obito novamente levantou os braços em minha direção, o que me fez sorrir e pegá-lo em meu colo como minutos atrás. Ao que parecia, ele era uma criança manhosa e grudenta, o que não era necessariamente ruim.
Hashirama fez carinho sob o rosto do miúdo enquanto ele gargalhava baixinho e balançava de trás para frente as curtas pernas. Aquela visão me fazia sentir uma queimação incomum crescendo em meu peito e se alastrando por todo o meu corpo.
Eles eram perfeitos, eram a minha família.
– E então, do que você quer brincar quando chegarmos em casa? – O moreno perguntou enquanto ainda acariciava o seu lado com cicatrizes.
Obito pôs o seu indicador no queixo e olhou para cima, pensativo sobre as inúmeras possibilidades do que poderíamos fazer.
– Hum... – Tirou a mão do rosto e as juntou enquanto se preparava para falar. – Eu quelo desenha.
Como resposta, Hashirama abriu um imenso sorriso e apertou sua bochecha com os dedos, fazendo ele rir mais alto e despertar a atenção das poucas pessoas em volta. Quase ri também com a cena, mas permaneci em silêncio, não sabia ao certo como agir naquela situação completamente nova para mim.
– Vamos desenhar, então! – Voltou a falar, brilhando em felicidade por ter a oportunidade de brincar com ele.
– O papa também? – Olhou em minha direção enquanto falava, claramente se dirigindo a mim.
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𝐎𝐮𝐫 𝐂𝐡𝐢𝐥𝐝 • 𝐇𝐚𝐬𝐡𝐢𝐦𝐚𝐝𝐚
RomansaOnde Madara e Hashirama decidem que a família estava pequena demais, e acabam por adotar o pequeno Obito, de quatro anos. Avisos: > Universo alternativo ao de Naruto. > Os personagens não me pertencem. > A fanart da capa não me pertence, todos os...