P.O.V Mikasa
A doce e agradável melodia do canto dos pássaros chega aos meus ouvidos, o sol entra pela janela junto da limpa brisa e bate em minha face, permaneço com os olhos fechados enquanto tento afastar a preguiça, tento me virar para o outro lado mas sem sucesso, alguém está atrás de mim, reparo então que alguém me abraça, viro e vejo o senhor Ackerman ali e um flashback passa.
DIGA QUE É MINHA..
EU SOU SUA..
- Não. NÃO NÃO NÃO NÃO- em um rápido pulo levanto da cama e vejo que estou... nua ? Como eu pude fazer isso ? Como eu pude me entregar para ele ? Fui tão fraca ao ceder para ele. Mas tbm, quem nao cederia né, goatoso do jeito que é né mas NÃO EU SOU MUITO BURRA EU NÃO DEVERIA.
Sinto as minhas pernas fracas como se eu fosse cair a qualquer momento, olho para trás e vejo o senhor Ackerman sentando olhando pra mim, com a mesma expressão se sempre, nada mudou, ele continua com aquela cara sem expressão alguma, olho de cima a baixo para ele e vejo que ele tbm está desprovido de roupas, aquilo realmente aconteceu, não foi um sonho, um pesadelo melhor dizer, mas ainda assim deliciosa, não sei o que pensar, estou baralhada, com uma forte dor se cabeça e ressaca. Lembro que estou nua à sua frente e me envergonha instantaneamente, mas não o deixo perceber, permaneço forte e firme.
Lembro que fingi ser sua noiva, ainda que ele não tenha me apresentado como tal eu cumpri a minha parte do acordo, ou seja, ele me deve um favor não é mesmo ?
Não digo nada para ele, apenas puxo o fino lençol e me cubro, viro e vou em direção à porta com a intenção de sair.
- Não vai dizer nada ? Que tal um.. bom dia ?- diz ele cinicamente, que irritante!!!- não quer brincar mais um pouco ?- ele dá um sorriso de lado, mas logo desfaz, 1 segundo apenas durou aquilo, mas ainda assim foi o mais próximo de um sorriso que presenciei vindo dele.
Olho para ele com desprezo e abro a porta e saio do quarto, vou ao meu quartinho de empregada, entro e tranco a porta.
Sem drama nenhum apenas junto todas as minhas coisas pronta para ir embora, estraguei tudo ao me relacionar com o senhor Ackerman, nada posso fazer, o erro já está feito, de nada adianta lamentar agora, deixo isso pra depois talvez.
Decido tomar um banho antes de ir embora mas logo depois disso me visto e vou até a governanta, a senhora Rose.
- bom dia senhora Rose
- bom dia Mikasa- ela me recebe com um sorriso.
- vim pedir a minha demissão.
P.O.V Levi
Mikasa é realmente diferente, saiu do quarto sem dizer nada, se fosse como as mulheres com que eu já fiquei com certeza se apegariam logo em mim, ela é esquisita.
Enquanto estou preso em meus pensamentos, me lembrando da noite passada a excitação me atinge, parece que eu ainda não me saciei dela, entro no chuveiro e deixo aquela água gelada baixar a minha excitação, logo que o meu banho termina me visto e vou até o quarto de Mikasa mas o encontro vazio.
Desce para procurar a mesma e vejo malas na entrada dos quartinhos dos empregados. Não, ela não faria isso né ? Mas claro que faria, é a única aqui que o faria!
Procuro ela por vários lugares até que a encontro com a senhora Rose.
- vim pedir a minha demissão- cheguei a tempo de ouvir isso de Mikasa para a Senhora Rose.
- Não, não veio, porque vai pedir demissão ?
- Não lhe devo satisfações senhor Ackerman, apenas lembre-se que me deve um favor, gostaria de falar com o mesmo com o senhor
Realmente ela é uma oportunista, sobre dinheiro obviamente deve ser.
- vamos até o meu escritório- me viro e faço menção dela me seguir até lá.
Entro e aponto para a cadeira em frente à minha mesa enquanto sento na minha estrondosa cadeira.
- vim cobrar-lhe o favor que me deve por ter lhe ajudado ontem- eu realmente achei que essa fosse diferente das outras que eu conheci, no fim são todas vigaristas.
- certo, quanto você quer ?
- o quê ? eu não quero dinheiro. - ela diz e faz uma feição incrédula.
- como não? O que quer então? Não me venha dizer que vai querer se cas- sou cortado por ela- eu não quero me casar com você nem quero que me dê uma quantidade absurda de dinheiro para não abrir a boca para a imprensa todo, não sou o tipo de mulher aproveitadora, apenas vim pedir isso porque eu realmente preciso e estou a ficar sem tempo, por isso vim até aqui e engoli o meu orgulho para salvar a minha amiga, ela é como se fosse uma irmã para mim - quando ela diz isso lembro das vezes que ela mencionou que alguém estava muito doente e que por isso precisava muito do emprego- a única coisa que eu quero é que pague o tratamento de câncer para a minha irmã, por favor, nada mais do que isso.. - ela diz com a cabeça baixa e pude notar que uma lágrima miúda escorria de seus belos olhos sedutores.
Aquilo realmente me pegou de surpresa, achava que conseguiria prever o que ela queria, me senti no direito de julgar antes de saber, eu errei.
-tudo bem, eu pago o tratamento, apenas passe todas as informações e documentos dela para a senhora Rose, ela me reencaminhará os mesmos, farei questão de tratar disso eu mesmo.
Ela levanta a cabeça e sorri para mim- muito obrigada senhor Ackerman, é realmente absurdamente importante para mim e- corto ela rapidamente, as coisas não serão tão fáceis assim.
- mas ainda não terminou a sua parte não é mesmo ? Você tem que fingir ser minha noiva, por noventa dias, até lá estará presa à mim, e eu preso à si - vejo na sua face o espanto - achou que seria somente na noite passada ? Já mandei providenciar os documentos sobre o nosso acordo, para além do tratamento lhe darei uma boa quantia em dinheiro, alguma questão ? - ela olha para mim e fica torturantes segundos sem dizer nada, com a face sem expressão alguma até que
- com uma condição- ela levanta-se e apoia o corpo sob a mesa e encosta o seu rosto o meu.
- e qual seria senhorita Mikasa ?- aproximo o meu ainda mais do dela, aquela respiração ofegante dela combinava harmoniosamente com a minha, com uma mão peguei seu rosto pronto para puxar para um beijo até que ela se afasta e senta novamente na cadeira, com as pernas e braços cruzados e um olhar firme e desafiador, o que me deixa ainda mais empolgado e sedento por ela.
- sem sexo - diz directamente e dá um sorriso vencedor assim que vê a minha expressão, mas apenas decido aceitar e respeitar a decisão dela, sabendo que será ela que irá quebrar essa regra, e eu adorarei quebrar essa regra.
- com certeza senhorita, temos acordo ? - estendo a minha mão para ela e ela aperta a mesma.
- sim, temos acordo. - e cessamos aquele acordo com um longo aperto de mão.
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Fifty Shades of Levi Ackerman
General FictionDesde nova sempre fui solitária, devido a morte dos meus pais me isolei, tendo como única amiga e companhia minha amiga de infância, Sasha, tive que ficar com a minha tia, irmã de meu pai que me tratava como uma escrava, com desprezo total e nojo, n...