Capítulo Dois

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Todos eles me lançaram sorrisinhos divertidos. 

- Sim, somos nós - um dos três garotos confirmou. Ele parecia ser o mais sério do grupo. 

- One Way? Certo? 

- Quase - o filho de Jay respondeu, sorrindo. - É One Direction. E quem é você? 

- Summer - respondi, corando de vergonha por ter errado o nome da banda deles. 

- Prazer, Summer - sorriu outra vez, os braços ainda firmes ao redor da mãe. - Eu sou Louis. E esses são Harry, - apontou para o filho de Anne - Zayn, Liam e Niall. 

Todos eles acenaram para mim ao ouviram seus nomes. Foi só depois de apresentar-me todos que eu não conhecia, que Louis pareceu perceber uma coisa. Ele franziu o cenho e olhou para mim e depois para a mãe dele. 

- Mãe, por que nós estamos aqui? Aliás, por que vocês estão aqui? E onde está Emily? 

Jay respirou fundo e começou a explicar:

- Filho, nós quatro estávamos em uma avenida quando Anne e eu resolvemos atravessar para o outro lado e visitar uma loja. Quando estávamos esperando o semáforo ficar vermelho para atravessarmos de volta, Emily nos viu do outro lado da avenida e soltou a mão da sra. Smith - ela parou para ganhar fôlego e coragem para continuar. 

Louis inconscientemente apertou os braços da mãe, empalidecendo ao imaginar o pior. 

- Filho, filho, está tudo bem - sua mãe começou a falar freneticamente. - Emily está bem. Não tem nenhum arranhão. 

Louis relaxou o aperto em volta da mãe e pude jurar ver uma umidade suspeita rondando aqueles bonitos olhos dele - lágrimas de alívio que ele teimosamente segurou. Abri um pequeno sorriso ao vê-lo bancando o forte para não preocupar a mãe. 

- Está tudo bem graças a essa jovem - ela soltou-se do filho e colocou uma sobre meu braço. 

Senti o sorriso morrer em meus lábios quando cinco pares de olhos totalmente incrédulos se cravaram em mim. Eu não gostava muito de ser o centro das atenções. 

- Não... não, não, não. Não foi bem assim... eu estava só... 

- Foi exatamente assim - dessa vez foi Anne quem me interrompeu. - Nós duas não podíamos fazer nada - engasgou um pouco nas palavras amargas. - Foi a pior sensação do mundo. Pura impotência – sacudiu a cabeça. - Mas Summer saiu correndo bem a tempo de empurrar Emily para calçada. E por causa disso o carro a atingiu. 

Um silêncio pesado preencheu o quarto. 

- Pode me chamar de Summ - tentei me apegar ao mais irrelevante de seu pequeno discurso a fim de quebrar o clima estranho. 

Não funcionou. Todos continuavam num silêncio mortal, apenas me encarando. Mordi o lábio inferior e alisei a manta branca que estava sobre mim, subitamente considerando-a a coisa mais interessante do mundo. 

- Qualquer um teria feito o mesmo... - tentei novamente, ainda alisando a manta. 
- Não - Jay sacudiu a cabeça. - Aquele foi o ato mais corajoso que eu já vi na vida. 

- Qualquer um teria... - comecei novamente, mas fui interrompida por uma parede de músculos se jogando em cima de mim. 

Muito obrigado - Louis sussurrou com intensidade, abraçando-me da melhor maneira que podia considerando que eu estava parcialmente deitada numa cama, tendo apenas as costas encostadas em dois travesseiros. 

- Está tudo bem. Tudo bem. Sua irmã está bem - falei com o resto de fôlego que tinha, pois seu peso e a força do abraço estavam quase me esmagando. - Eu... não con-consigo res-pirar. 

Hit by DestinyOnde histórias criam vida. Descubra agora