Capítulo 1

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Meredith apressou o passo esbarrando nas pessoas para abrir passagem,estava atrasada.
Quando finalmente chegou a clínica que trabalhava como enfermeira,se deparou com uma placa que dizia: " Consultas canceladas. Motivo: Luto".
Ela entrou e encontrou os dois filhos mais velhos de Dr. Olavo. Pelo o que ela percebeu eles só estavam esperando por ela.

- Bom dia, Meredith. - disse um dos filhos de Dr.Olavo,os olhos inchados como se tivesse chorado.

- Bom dia. - respondeu ela,ainda confusa com a situação.

- Bem Meredith,nosso pai sofreu um AVC essa noite e infelizmente não resistiu.

- Meu Deus. - Meredith respondeu chocada,gostava muito do patrão.

- Infelizmente decidimos que vamos fechar a clínica,você e os demais funcionários vão receber suas indenizações. Se precisar de uma carta de recomendação nos procure. - ele entregou um cartão para ela,com números de contato. - Obrigado por toda a dedicação,meu pai gostava muito de você. - finalizou o jovem.

- Nossa,estou sem palavras,chocada para dizer a verdade. Eu também tinha um grande carinho e admiração pelo Dr. Olavo e sinto muito pela perda de vocês. - disse ela com os olhos marejados.

- Se você tiver algum pertence aqui pode pegar,o porteiro ficará responsável por fechar a clínica,quando sair pode deixar as chaves com ele. Nossa contadora vai entrar em contato com você para agendar sobre o pagamento de sua indenização. - disse um dos filhos,estendendo a mão para ela.

- Tudo certo. - respondeu ela,apertando a mão dele.

Os dois se viraram e saíram, Meredith ficou ali por um tempo,pensando em tudo,trabalhava ali faziam dois anos,foi seu primeiro emprego como enfermeira. Doutor Olavo era um excelente médico pediátrico e um ótimo patrão,sempre preocupado com os funcionários. Ela pegou alguns pertences...seu estojo,seu carimbo e jaleco. Apagou as luzes e saiu,entregou as chaves para o porteiro e se despediu,gostava muito dele,pensou no quanto seria difícil para ele arrumar outro emprego,afinal de contas,ele já era um senhor de meia idade.

Meredith ainda estava chocada com a situação,contava com esse emprego...seu aluguel,a clínica que a mãe ficava,suas despesas,tudo eram pago com o salário que ela recebia e agora estava desempregada.
Ela estava sem rumo,não sabia o que fazer,resolveu procurar a pessoa que sempre a apoiava,claro,que nem sempre lhe dava os melhores conselhos,mas mesmo assim,era a sua pessoa.

Meredith entrou na cafeteria que sua amiga Cristina trabalhava,não estava lotada como de costume. Foi até uma mesa próxima de uma senhora e se sentou,iria esperar Cristina até que a amiga notasse a presença dela,não gostava de atrapalhar.
Perdida em seus pensamentos Meredith nem notou os olhares interessados dos rapazes que a olhavam. Não que ela fosse indiferente ao assédio masculino. Ao contrário:gostava de trocar olhares,flertar,conversar quando conhecia alguém interessante,mas nada além disso.
Cristina notou a presença da amiga e fez sinal com a a mão para ela esperar,terminou de atender os clientes foi até a mesa da amiga.

- Oi Sol. O que faz aqui a essa hora? - disse Cristina se sentando.

- Doutor Olavo morreu,os filhos decidiram fechar a clínica e eu estou desempregada,com dívidas e não sei o que fazer. - Meredith falou tudo de uma vez.

- O QUE ! O VELHOTE MORREU,MAS COMO?! - Cristina perguntou quase berrando nos ouvidos de Meredith,despertando a atenção da senhora da mesa ao lado.

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