Nos dias que se seguiram Meredith foi com Dalva no médico. Instruída por Beatrice disse que o marido antes de viajar para o exterior, veio passar alguns dias com ela.
O médico acreditou na história e pediu alguns exames de praxe,estabeleceu uma rotina saudável,que Meredith procurou seguir a risca.
Meredith estava começando a cair na rotina,muitas vezes se sentia triste,desanimada,as caminhadas que eram rotina toda a manhã foram ficando de lado.
Dalva percebeu.
Dalva começou a deixar Meredith ajudar nos afazeres da casa,as duas cuidavam do jardim. Era assim que os meses iam passando. Beatrice não voltou mais a fazenda,mas ligava todos os dias,achava melhor não ir lá com tanta frequência alguém poderia desconfiar.
Meredith chegou ao quarto mês de gravidez. Uma noite estava deitada lendo,quando sentiu um leve chute na barriga,levou a mão até a barriga e começou a fazer carinho conversando com o bebê."Meu amorzinho você ainda é tão pequeno para entender muitas coisas,quando você nascer você será entregue para seu papai,eu não conheço ele muito bem,mas sei que ele vai te amar muito,você terá outra mamãe,mas eu jamais te esquecerei e se o destino existe,um dia sei que ele vai nos unir. "
Quanto mais Meredith falava,mas o bebê se mexia,ela se emocionou muito,estava muito apegada aquela serzinho.
Ela registrava toda a gravidez em fotos,fotografava do pescoço para baixo .Dalva pediu que um empregado fosse a cidade comprar uma câmera profissional,essas que imprimem as fotos na hora.
Assim ela começou um diário da gravidez,todos os momentos passava para o diário,mês a mês.
Entregaria esse diário junto com o bebê,além dos laços de sangue,a criança teria somente aquelas fotos como recordação.No dia seguinte,Meredith tinha consulta,Dalva sempre a acompanhava.
- Olá Meredith,como está se sentindo? - doutor Norberto perguntou.
- Estou me sentindo muito bem,só ando muito cansada,ontem a noite senti o bebê mexer pela primeira vez.
Dalva olhou para Meredith surpresa,ela não tinha lhe contado sobre isso.
- Bem,o cansaço é normal na gravidez,mas acontece mais no terceiro trimestre,como você ainda está no segundo trimestre,tenho que investigar melhor,vou te pedir alguns exames e vou fazer uma eco agora,mas não se preocupe,você parece muito bem. - o médico explicou. - Agora se deite na maca e pode erguer sua blusa.
Meredith assentiu e fez o que o médico pediu,quando ela se deitou virou o rosto para o lado oposto da tela do monitor,não queria ver o bebê,não poderia se apegar mais a essa criança.
O médico passou um gel pela barriga dela e começou o exame. Ele passava o ecógrafo para todos os lados,Meredith percebeu que ele demorava mais do que as outras vezes.- Olha aqui na tela Meredith,esse é o motivo do seu cansaço. - o médico disse contente,Meredith se virou e olhou a tela. - Veja bem,temos dois sacos gestacionais aqui. - ele falou e mostrou com o dedo. - Você e seu marido terão gêmeos.
- Pai amado. - Dalva murmurou.
Meredith estava chocada, como assim duas crianças.
- Isso não pode ser. - foi só o que Meredith conseguiu falar.
- Tenho 100 % de certeza,em 32 anos de profissão nunca errei um exame. - o médico falou sério. - Vamos ver se já dá para ver o sexo dos bebês. Você gostaria de saber?
Que diferença faria saber ou sexo ou não.
Meredith em vez de se sentir feliz,se entristeceu mais ainda,duas crianças...a dor da despedida seria em dobro. -pensou ela.- Sim se possível quero saber o sexo das crianças.
O médico continuou o exame.
- Aqui está uma. - ele parou o ecógrafo e tirou uma foto. - A primeira é uma menina.
Meredith sentiu lágrimas descerem por seu rosto,uma menina,sua menina.
- Essa outra é danadinha,não para quieta. - o médico tentava identificar o sexo da outra criança. - Aqui estamos,ele apertou um pouco o ecógrafo. - Parabéns Meredith,vocês serão pais de duas princesinhas.
A emoção foi grande, Meredith chorou tanto que soluçava, Dalva se aproximou dela e segurou sua mão apertando forte,acariciou os cabelos dela e lhe beijou a testa.
O médico achando que as lágrimas das duas eram de felicidade sorriu,ele sempre se emocionava quando as pacientes conseguiam engravidar depois de tentarem por muito tempo.
- Que bom que ficou feliz Meredith. - disse dr Norberto,chamando a atenção das duas. - Vou te prescrever algumas vitaminas,seus cuidados serão redobrados agora.
Dalva escutava todas as recomendações do médico com atenção,Meredith se levantou e se sentou,sentia se ficasse em pé iria cair.
Depois de um tempo as duas voltaram para a fazenda. As outras vezes quando voltavam das consultas era sempre Meredith quem ligava a Beatrice contando detalhes da consulta,mas dessa vez,ela não teria estrutura emocional para isso,sua vontade era fugir daquele lugar,ir para longe só ela e suas meninas.
Ela foi para o quarto,precisava de um banho,se despiu e foi ao banheiro,não estava com paciência para esperar a banheira encher, então ligou o chuveiro e entrou no banho. Ela acariciava sua barriga,que já estava estava bem evidente e chorou mais uma vez, imaginando como seriam suas meninas,que nome eles dariam para elas. Ela sentia uma ligação tão forte com as gêmeas,quanto mais passava a mão pela barriga mais elas se mexiam.Dalva ligou para Beatrice e contou a novidade. Beatrice gritou de felicidade no telefone,ficou eufórica com a notícia,ela perguntou como Meredith reagiu e Dalva mentiu,dizendo que "normal".
Beatrice passou algumas recomendações e se despediu, dizendo que iria dar a notícia a Derek e Addison.
Dalva desligou o telefone e foi até o quarto de Meredith,bateu na porta,como ninguém respondeu ela entrou.
Meredith já estava dormindo.
Dalva pegou uma mantinha que estava sobre a poltrona e cobriu ela,então ela apagou as luzes e saiu do quarto.
Dalva gostava muito de Meredith,nunca a julgou por ter aceitado esse acordo,pelo contrário,admirava a coragem de Meredith,pois ela havia lhe contado sobre a doença da mãe,e sonho de poder lhe pagar o tratamento adequado.continua...
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Barriga de aluguel
Fiksi Penggemar" A vida é feita de escolhas. Sim ou não. Dentro ou fora. Em cima ou embaixo. E também há as escolhas que importam. Amar ou odiar. Ser um herói ou um covarde. Brigar ou se entregar. Viver ou morrer. Essa é a escolha importante. E nem sempre ela está...