Pensamentos Indiscretos

Capítulo 2

—Eu quero você me pé, posição de parede, agora. — O comando direto a surpreendeu, porém, sem discutir ou hesitar, ela se levantou da cama, caminhou em direção à parede mais próxima, apoiou nela suas mãos cruzadas, separou suas pernas e elevou seu quadril, deixando-se exposta para mim.

Entre os brinquedos que havia trazido, havia um plug anal de metal, com ele em mãos fui até aquela bela figura executando com perfeição à posição ensinada. Com minha mão próxima à sua nuca, puxei seus cabelos fazendo com que sua cabeça ficasse curvada para trás e seu olhar buscasse o meu. Posicionei o plug próximo de seus lábios que ávidos o sorveram para dentro de sua boca.

—Eu quero isso bem molhado, porque ele vai pra dentro de você e se eu machucar o que é meu por sua causa, eu vou te cobrar. — O aceno de sua cabeça foi o bastante para deixar claro que ela havia entendido a ordem e o que aconteceria a seguir.

A saliva escorreu de seus lábios quando retirei o plug de sua boca, ela de fato havia deixado ele no melhor estado possível. Fiquei atrás dela e lentamente comecei a introduzir o objeto em seu corpo, a diferença entre o calor dela e o frio do metal a fizeram acusar o contato, seus gemidos se intensificaram a cada milímetro e quando todo ele se encontrava dentro de si, um suspiro de prazer e alívio foi acompanhado de um sorriso em sua face.

—Obrigada, Senhor. — Suas palavras doces e melodias escorreram feito mel em meus ouvidos, cada vez mais entregue, cada vez mais minha.

Me afastei para apanhar meu flogger de couro preto e ao retornar comecei a deixar que as tiras corressem por suas costas, traçando o desenho de seu corpo, espalhando-se pela sua pele. De forma sutil e atrevida, ela mexia seu quadril, exibindo o corpo, o plug e o desejo. O momento era perfeito para o primeiro golpe. Com uma força mediana desci o açoite sobre suas nádegas. O estalar do couro contra a pele preencheu o ambiente seguindo de uma expressão de dor e surpresa.

Continuei a acertar sua pele de forma mais branda, deixando no fundo de sua mente a lembrança de que a intensidade poderia retornar a qualquer momento. Variava os golpes da esquerda para a direita, da direita para a esquerda enquanto os orientava por vezes na vertical, em outras na horizontal e também com movimentos diagonais. A vascularização em seus glúteos era evidente com o tom rubro que se intensificava a cada contato da extensão do meu braço e aquele corpo torneado que se oferecia ao meu prazer.

Coloquei o flogger sobre meu ombro e aproximei-me dela tocando sua pele quente com minhas mãos. Acariciava seu corpo, acalmando tanto sua pele, quanto sua mente. Sua respiração que antes ofegava pelas sensações, reduzia aos poucos o ritmo, numa expressão de alívio pelo momento de carícias e descanso. Desço minha mão por entre suas pernas e sua excitação é impossível de ser escondida, algo que ela não fez a menor menção a tentar ocultar, pelo contrário, movia seu quadril para que meus dedos a tocassem, como se desejando apresentar ao meu tato o estado em que seu desejo a colocava.

Afastei-me novamente e passei a golpear suas costas dessa vez. A dor a qual era submetida a afetava de maneira distinta de antes e seus gemidos de dor e prazer deixavam isso evidente. As marcas pareciam mais vívidas e vergões avermelhados rendavam sua pele. Novamente sua respiração acelerava e um leve tremor se fazia visível em suas pernas. Suas mãos contra a parede perdiam um pouco da coloração devido à pressão que era exercida sobre elas para que pudesse manter a posição que eu havia ordenado.

Com mais intensidade passei a variar entre golpes nos ombros e sua bunda empinada pra mim, dando a ela pouco ou nenhum tempo para se acostumar enquanto o couro fustigava seu corpo em locais diferentes e com intensidades distintas e imprevisíveis. Não mais em condições de se manter perfeitamente em posição, ela apoiou também seu rosto na parede onde se encontravam suas mãos e antebraços. Aumentei a intensidade. Eu queria ouví-la gritar e não me foi negado este prazer. Seus gritos não eram simplesmente de dor, mas o luxurioso prazer que ela proporcionava os imbuía de uma aura lasciva e libidinosa que só fora interrompida quando ela fez seu pedido.