Deu tudo errado

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Definitivamente, Tobirama não esperava encontrar Uchiha Madara e Uchiha Izuna na frente da sorveteria e muito menos que eles seriam os tais “amigos" de Hashirama que precisavam de carona. O albino jurou mentalmente que não iria jogar o irmão mais velho para fora do carro em andamento e passar por cima do mesmo, afinal, se fosse preso não iria poder sair com sua preciosa brasilia vermelha pelas ruas de Konoha. Iria precisar de muito auto controle para aguentar aqueles três seres no seu carro, Rikudou que lhe desse paciência; porque se desse forças jogava o irmão na rua e atropelava os irmãos Uchihas.

Tobirama – muito a contra gosto – parou seu carro na frente dos Uchihas e lançou um olhar de desgostos para ambos. Madara devolveu o olhar e Izuna sorriu para o mais alto como se aquele olhar não significasse nada, fazendo Tobirama revirar os olhos e voltar com a cara para sempre, apenas esperando a boa vontade daqueles dois de entrarem logo no carro.

- Venham, antes que o Tobi mude de ideia! – Chamou Hashirama que tinha saído de dentro apenas para abrir a porta para os irmãos.

Madara foi o primeiro a se mover em direção aquela lata velha sendo seguido por um Izuna sorridente. O Uchiha mais velho desconfiava do irmão, já que o passa tempo favorito do caçula – desde a infância – era tirar o Senju do sério, o que muita das vezes funcionava e acabava com ambos na sala do diretor com os rostos machucados e três dias de suspensão da escola. Madara torcia, mesmo que pouco, para Izuna se comportar e não perderem a maldita carona que Hashirama tinha lhes oferecido.

- Bom, para aonde estão indo? – Questionou Hashirama.

- Para o centro da cidade, estamos indo pegar umas pinturas que a mamãe pediu. – Respondeu Izuna sorrindo simpático para Hashirama.

Tobirama se manteve quieto enquanto os três se acomodavam na brasilia e qual fora a sua surpresa em ver que Hashirama iria atrás – novamente – com Madara e Izuna iria no banco do carona, ao seu lado. O mais novo se virou no banco olhando para o irmão questionando pelo o olhar o porquê do mais velho estar indo atrás; ok, entendia o medo de ir na frente, mas ele tinha que deixar o Uchiha ir na frente consigo? Não era tortura o suficiente ter eles em seu carro?

- Oi Tobirama! – Disse Izuna alegre cutucando com o dedo indicador a bochecha do mais alto.

- Tsc, vamos logo acabar com isso... – Resmungou com cara fechada e dando partida.

De momento aquilo assustou os irmãos, fazendo Izuna se agarrar na porta e Madara segurar firma no braço de Hashirama – que estava pior que os dois -. Isso arrancou um sorriso de lado do albino, afinal, ver os Uchihas daquele deu um pouco de paz de espírito e forças para aguentar eles ali. Logo nos primeiros minutos de viagem, estava tudo tranquilo, isso até que Izuna resolveu começar a cantar baixinho, Hashirama ouvir e se juntar a ele.

- Mina, seus cabelo é da hora. – Cantou Hashirama alegre.

- Seu corpão violão. – Continuou Izuna que batia nas coxas para tentar reproduzir a batida da música.

- Meu docinho de coco. – Diz Hashirama se inclinando para frente.

- Tá’ me deixando louco! – Cantaram juntos sorrindo.

- Minha brasilia amarela. – Hashirama apontou para Tobirama sendo percebido apenas por Izuna e Madara. – Tá’ de portas abertas.

Já que o Senju mais novo estava claramente tentando ignorar aqueles dois idiotas, enquanto Madara apenas fazia cobrir os olhos em clara vergonha daquela situação. Queria chegar em seu destino o mais rápido possível, cogitou até se inclinar na direção de Tobirama e pedir para ele ir mais rápido; porém tinha uma pitada de medo de fazer o pedido e acabar morto pela aquela banheira velha. Por isso optou ficar quieto no seu lugar apenas aguentando aquele tormento.

- Para a gente se amar. – Izuna sorriu grande fechando os olhos. – Pelados em Santos!

- Pois você é minha pitchula... – Quando Hashirama estava se empolgando, Tobirama pisou no freio com tudo.

Izuna acabou indo para frente, Hashirama deu de cara com o banco do passageiro e Madara quase caiu do banco. Todos se ajeitaram e olharam para o Senju mais novo que tinha um pequeno sorriso de lado, por um lado ele tinha feito isso de propósito por um outro o sinal tinha ficado vermelho. Hashirama tinha o coração acelerado, tanto que se encostou em Madara – o qual estava com os fechados respirando fundo -, já Izuna estava quase passando mau; sentia o coração acelerado e tudo girar, mas deu o seu melhor para se recuperar e olhar com raiva para o albino.

- Ficou doido Tobirama?

- Não tenho culpa se o sinal tinha ficado vermelho bem no momento em que eu ia passar. – Respondeu cínico. – Eu não controlo o semáforo, Uchiha.

- Mas poderia ter nós matado com essa freada! – Reclamou cruzando os braços.

- Ah, não seja dramático. – Resmungou revirando os olhos. – Nem foi grande coisa isso, vocês que tão’ exagerando.

- Vocês que tão’ exagerando. – Zombou com uma voz fina. – Corno!

- Teu pai, aquele rei do gado. – Devolveu Tobirama se virando para Izuna.

- Isso vai dar merda, Hashi. – Resmungou Madara baixinho para o mais alto.

- Shiu, vai só render farpas. Ver só. – Hashirama estava curioso em que aquela troca iria dar.

- Tua mãe, aquela cachorra. – Disse, porém logo se virou para trás e sorriu doce para Hashirama. – Sem ofensas, Hashi.

Hashirama fez pouco caso, sabia que Izuna só estava brincando e retrucando as palavras do irmão, então não tinha levado para o lado pessoal. Já Madara estava preocupado em ser jogado para fora do carro com Izuna e perder a carona, os Uchihas estavam sem dinheiro; apenas com dinheiro suficiente para pagar as pinturas e olhe lá. A mãe dos rapazes nem que tinha lhes dado dinheiro extra para irem e voltar de uber ou até mesmo de táxi, ela simplesmente deixou eles ao Deus e o mundo.

- Filho de uma vaca mal parida! – Disse Tobirama entre dentes, estava começando a perder a pouca paciência que tinha.

- Mula branca! – Devolveu Izuna também se virando para o Senju.

- Toco de amarrar tatu! – Disse antes de se virar para frente e acelerar com tudo.

Fazendo novamente Izuna, Hashirama e Madara escorregarem pelo o banco liso da brasilia. Os três tinham certeza que até o centro da cidade, eles estariam mortos.

A Brasilia que não era AmarelaOnde histórias criam vida. Descubra agora