A Carona

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[NOTAS: Imagem meramente ilustrativa para representar o estado de espírito do Tobirama quando ele sai na brasilia vermelha dele. FANFIC TBM POSTADA NO SPIRIT]

As horas para Tobirama pareciam que tinham passado se arrastando enquanto para Hashirama tinha passado rápido de mais. Se bem que Hashirama não estava fazendo nada naquelas horas, já Tobirama teve que ficar em uma longa ligação com Izuna apenas para decidirem onde iriam fazer o bendito trabalho. Sinceramente o Senju mais novo queria entender o que aquela matéria tinha haver com seu curso, já que fazia engenharia ambiental e não fotografia; sem dúvidas sua professora era sem noção. Onde já se viu? Juntar dois cursos para um trabalho que não tem nada haver com a área que ambos iriam trabalhar futuramente? Patético? Sim, sem dúvidas mas Tobirama preferia ficar quieto e julgar silenciosamente.

Por fim – depois de xingamentos do Senju para o Uchiha – decidiram que iriam fazer na casa do albino, já que segundo o mesmo se sentiria melhor fazendo na sua própria casa do que na residência Uchiha. Izuna não reclamou, afinal ele tinha um ótimo relacionamento com Hashirama e quando os dois se reuniam até pareciam dois adolescentes irritantes; nem Madara e nem Tobirama conseguiam aguentar aquela dose Hashirama e Izuna.

- Hashirama, vamos! – Chamou pelo o mais velho que já descia as escadas terminando de amarrar os cabelos.

- Pronto, vamos! – Disse Hashirama sorrindo grande para o caçula seguindo o mesmo para fora da casa.

Trancando a casa, ambos os irmãos Senju passaram a caminhar em direção a oficina que ficava há quatro ruas da casa deles. O caminho não era longo se fosse parar para pensar, mas se tornava cansativo quando tinha que aguentar um falatório sem parar de Hashirama. Não reclamava, nada disso, até que gostava quando Hashirama abria a boca; porém naquele momento Tobirama só queria silêncio para aproveitar o caminho em paz – o que estava longe de acontecer -.

- Hashirama... Pelo amor de Rikudou, será que você pode calar a boca por 5 segundos!? – Exclamou Tobirama olhando feio para o moreno.

- Mas Tobi essa caminhada tá’ muito chata... – Hashirama parou a reclamação dando atenção ao celular que vibrou com chegada de notificação.

Internamente Tobirama agradeceu a pessoa que tomou a atenção do irmão. Com Hashirama ocupado com o celular, a ida até a oficina fora silenciosa e tranquila. Até mesmo rápida, podemos assim dizer; tanto que nem se deram conta quando finalmente chegaram na oficina.

- Senhor Tobirama, como é bom vê-lo por aqui. – Disse o senhor baixinho que tinha a roupa suja de graxa.

- Gostaria de dizer o mesmo, porém vim pegar minha brasilia. – Respondeu olhando sério para o senhor de meia idade.

Eles já tinham conversado sobre a troca por ligação dias atrás, então ele apenas precisava pegar sua preciosa brasilia e levar até o novo mecânico. O senhor de meia idade fez cata feia, mas apontou com a cabeça para o canto da oficina, onde se encontrava o veículo.

Tobirama sorriu pequeno indo na direção da sua preciosa brasilia vermelha. A tinta do automóvel estava desgastada, os faróis de trás não funcionavam – tanto que tinha que usar o braço para sinalizar que iria virar -, por dentro os bancos se encontravam até que em um bom estado mas em compensação, o teto e laterais estavam acabados, um leve cheiro de graxa podia ser sentido e a direção estava meio merda; mas para o albino, aquele era o melhor carro do mundo.

- Vamos lá garota, logo, logo você vai tá’ novinha e em folha. – Comentou dando um leve tapa na lataria.

Um dos funcionários da oficina entregou a chave para o albino que agradeceu. Hashirama tinha um sorriso trêmulo, afinal, sua última memória naquela “banheira" tinha sido a pior de todas; porém queria mostrar ao irmão que não tinha mais medo daquela lata velha e iria com ele até a nova oficina. Até que o Senju mais velho se lembrou de algo enquanto entrava na brasilia e se sentava atrás.

- Tobi... – Chamou se ajeitando no banco ficando perto da janela.

- O que irmão? – Questionou já devidamente sentado no banco do passageiro e ligando o carro.

O veículo fim um som estranho não querendo ligar de primeira, porém na segunda tentativa ela ligou. Tobirama posicionou os pés no freio e no acelerador, engatou a primeira marcha, acelerou um pouco e soltou o freio de mão; assim começando a sair daquela oficina. Hashirama ao sentir o movimento daquela coisa, segurou firme no banco – afinal nos bancos de trás ainda não tinha local de apoio e muito menos cinto de segurança – e fechou os olhos com força, respirando fundo antes de abrir e perceber que já estavam na rua.

- Eu tenho uns amigo que eles estão precisando de carona. – Começou após recuperar sua voz, a qual tinha “perdido" pelo medo de sentir o carro em movimento. – Você poderia dar carona para eles? Eles estão em uma sorveteria aqui perto.

- Tudo bem, diga para eles esperarem do lado de fora da sorveteria então. – Respondeu de bom humor parando em um sinal vermelho. Estava feliz em poder sair mais uma vez com sua querida brasilia vermelha.

- Ok, vou mandar mensagem! – Se animou Hashirama, mas por dentro ele estava morrendo de medo do caçula surtar ao saber quem eram os “amigos" que precisavam de carona.

- “Meu Rikudou do céu, que ele não tente atropelar o Madara e o Izuna, amém!” – Pediu em pensamentos terminando de mandar a mensagem. Aquele dia seria longo de mais.

A Brasilia que não era AmarelaOnde histórias criam vida. Descubra agora