Decisões.

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Olá, o meu nome é Sky tenho 16 anos, o meu cabelo é azul esverdeado, tenho olhos cinzentos e sou alto e magro. Vivo com os meus pais nos Estados Unidos da América e tenho dois irmãos, Michael, o meu irmão mais velho, cabelo castanho escuro, olhos azuis, alto e com um corpo bem definido e Kristie, a minha segunda irmã mais velha, cabelo loiro, olhos cinzentos como os meus, alta e magra. Michael e Kristie estão a viver os dois na Suiça pois encontraram melhores empregos lá. Da minha personalidade posso dizer que sou uma pessoa reservada, deprimida e não tenho amigos, a única rapariga com quem me dei bem foi viver para Portugal e desde aí tornou-se complicado ela comunicar comigo. Domingo, sete da noite e oiço o hino nacional vindo da sala pois o meu pai está a ver o jogo de futebol, o meu pai é viciado em futebol e em cerveja, desde que ficou sem emprego que a sua vida se resume a beber cerveja deitado no sofá a comer amendoins enquanto vê futebol. A minha mãe é empregada doméstica em várias casas e apenas ela e os meus irmãos fazem o dinheiro aparecer ao fim de cada mês. Enquanto estou deitado na cama a ler e a ouvir música vejo a minha mãe a entrar no meu quarto.

Mãe: Então grandalhão já vais em que capitulo?

Eu: No capitulo final.

Mãe: Compraste esse livro ontem!

Eu: Eu gosto de ler.

Mãe: Eu sei, ah é verdade, quando saí do trabalho passei pela livraria e comprei este livro para ti! 

Eu: Oh obrigado mãe, um romance, ok, vou acabar este e depois começo esse.

Mãe: Fazes bem, por falar em romances, como vão os teus?

Eu: Ai mãe! Sabes perfeitamente que não quero ninguém para namorar, estou bem assim.

Mãe: Apenas acho estranho, tens 16 anos, os rapazes da tua idade andam por aí a namorar e tu sempre agarrado a livros.

Eu: Apenas não encontrei ninguém.

Mãe: E querido, vou ter que perguntar isto, há alguma probabilidade de seres homossexual?

Eu: Sim, provavelmente.

Mãe: Não há problemas, aliás, eu meio que desconfiava.

Eu: Pois, bem, vou dar uma volta, fotografar algumas coisas, para apanhar ar.

Mãe: Vai lá, mas despacha-te para jantares.

Eu: Sim.

Mal disse aquilo calcei umas botas e saí, no caminho sentei-me num banco a ver os carros passarem, no entanto começo a pensar na minha vida e no que a minha mãe me disse sobre ter uma relação, mas como é que alguém que nem sequer tem amigos pode ter um relacionamento? Talvez eu esteja no lugar errado, talvez eu não preste de todo. Talvez o suicídio seja uma possível resposta para mim, talvez. Passa uma hora e regresso a casa, depois de ter jantado escovei os dentes, fui para o quarto, despi-me e olhei para o espelho para ver o meu corpo. Passado uns minutos vesti o pijama e continuei a ler o livro deitado na minha cama onde acabei por adormecer. Sou despertado passado algumas horas pelo horrendo som do meu despertador, levanto-me vou para o quarto de banho, dispo-me e entro para a banheira onde tomo um banho rápido. Depois de pronto desço as escadas e vou para a cozinha onde como uma tigela com cereais, em seguida vou para a casa de banho lavar os dentes e saio para apanhar o autocarro. Na paragem uma senhora já de idade aproxima-se de mim e começa a por conversa.

Senhora: Estás a espera do autocarro para ir para a escola?

Eu: Sim, estou.

Senhora: Tu gostas da escola?

Eu: Não, mas tenho que lá andar.

Senhora: Sabes, sempre que te vejo aqui na paragem fico a olhar para o teu cabelo, fica bonito nesse tom esverdeado.

Eu: Obrigado.

Senhora: Espero que não penses que te ando a seguir mas acho-te um rapaz tão só.

Eu: Sou, digamos que sim.

Senhora: Não devias, és jovem, devias ir namorar, aproveitar, divertir-te...

Eu: Sabe, eu tento, mas e não consigo, não me enquadro na sociedade.

Senhora: Então e o que pensas fazer para mudar isso?

Eu: Não tenho certezas, apenas ideias.

Senhora: Compreendo.

Depois de ter dito isto o autocarro chega e eu vou para a escola, chego à escola onde encontro os meus colegas de turma, sim, aqueles que me metem puro nojo. Primeira aula, cidadania. Mal entrei na sala reparei na sua organização, as  cadeiras formavam um circulo e não se via uma única mesa, em seguida reparei que estava uma outra mulher na sala. A professora explicou que naquela aula iríamos falar de decisões e fases da adolescência e que a psicóloga falaria com todos nós individualmente, até que chegou a minha vez.

Psicóloga: Olá, bom dia, primeiramente diz-me o teu nome.

Eu: Chamo-me Sky.

Psicóloga: Sky, diz-me, o que queres fazer do teu futuro?

Eu: Não sei ao certo.

Psicóloga: Tens que idade?

Eu: 16 anos.

Psicóloga: Nunca pensaste em nada para fazer no futuro?

Eu: Não.

Psicóloga: O que é que gostas de fazer nos teus tempos livres?

Eu: Ler, fotografar...

Psicóloga: Um possível fotógrafo?

Eu: Não, apenas um hobbie.

Psicóloga: Muito bem, posso perguntar uma coisa?

Eu: Claro.

Psicóloga: Qual é a tua orientação sexual? Estás certo dela? 

Eu: Não sei ao certo, provavelmente homossexual, mas nunca liguei muito ao amor nem aos namoros por isso pouco me interessa isso.

Psicóloga: Interessante, pelo que sei não és muito social, muito calado, reservado, não queres saber de namoros, muito diferente de todos os outros adolescentes.

Eu: É.

Psicóloga: Tens algum objectivo no futuro?

Eu: Tenho sim, por enquanto é apenas um pensamento mas um possível acontecimento.

Psicóloga: Qual?

Eu: Suicídio.

Psicóloga: Podes ir, falamos noutro dia.- disse arregalando os olhos.

O resto do dia foi super normal mas não parava de pensar em cometer o suicídio, aquela ideia a mim parecia completamente normal, se não me enquadro na sociedade, não tenho amigos, não tenho objectivos, era o certo a fazer. Já com algumas ideias na cabeça para quando chegasse a casa fui a correr apanhar o autocarro. Chegando a casa verifiquei se estava completamente sozinho, e sim, estava. Fui a correr para a cozinha, abri a gaveta que guardava comprimidos, todo o tipo de comprimidos, para a depressão, para adormecer, muitos deles eram fortes, depois de ter a mão cheia de comprimidos e um copo cheio do Whisky que o meu pai bebe levei os comprimidos à boca e bebi o copo de Whisky. Enquanto aquilo não fazia efeito atirei o copo para o chão partindo-o em vários pedaços, peguei num dos pedaços e comecei a cortar os meus pulsos, lembro-me ainda de ouvir um carro a estacionar em frente a minha casa mas do nada tudo ficou embaciado e caí no chão.

Olá a todos, sim, é verdade, mais uma fic! Esta fic surgiu-me do nada e do nada comecei a escrever, aviso que a "Write About Us..." continua assim como a "Melody" e que esta fic é uma short fic, ou seja é uma fic que vai ter poucos capítulos e vai acabar rápido. Então é isso, comentem, votem, passem a amigos, partilhem no vosso Facebook, e se quiserem dêem sugestões para esta e as outras fics. Kisses, Litos <3

Sick In Love.Onde histórias criam vida. Descubra agora