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                      Mirela Sales

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                      Mirela Sales

Canadá; Cinco anos antes...

— Hey, baby, olhe para mim. – neguei rindo, enquanto cobria meu rosto com as mãos.


— Pare com isso. – tentei segurar a câmera em suas mãos, sua mão rodeou meu pulso me puxando contra seu corpo. Seu cheiro amadeirado era meu preferido, as inúmeras pintinhas em seu rosto eram meu passatempo favorito, mas, o que realmente amava em Justin, era sua boca avermelhada em formato de coração.


— Pare de olhar para minha boca, sua safada. – ele jogou a cabeça para o lado, tirando o grande cabelo loiro de seus olhos. Corei ouvindo sua risada rouca.


— Idiota. – sussurei, mas tenho certeza que ele ouviu. Senti o flash em meus olhos, me fazendo o encarar.


— Mais uma de você corada, para as outras várias que eu tenho. – ele selou nossos lábios.


Justin sempre gostou de tirar fotos, mas, sua grande paixão sempre foram os esportes, não era à toa, que ele era o capitão do time de basquete e um dos melhores em hóquei.

                                 
                              (…)

— Você me ama? – sussurei, passando minha mão por todo seu abdômen.


— Eu não vou te deixar, Mirela. – sua mão mergulhou em meus cabelos, trazendo meu rosto para mais perto do seu, seus olhos estavam incrivelmente mais lindos hoje.


— Promete? – pedi, seus lábios sorriram, assim como seus olhos.


— Eu prometo. – deitei minha cabeça em seu peito, sentindo seus dedos em meio aos meus cabelos.

                                
                              (…)

— Você prometeu. – abracei meu corpo, sentindo a frieza de suas palavras. Estávamos no nosso primeiro dia de férias e depois seria a tão esperada faculdade, a qual tínhamos passado com bolsa, Justin com bolsa para esportes.


— Mirela, nós somos novos demais, prometemos coisas estúpidas. – neguei com a cabeça, limpando a primeira lágrima.


— Você não pode me deixar, Justin. – susurrei.


Você não pode me obrigar a ficar com você, olha estamos indo para a faculdade, você vai conhecer outros garotos. – neguei com a cabeça Nós fomos só um namoro de colegial, Mi. Vamos nos afastar, seguir nossas vidas.


— Eu estou grávida. – o interrompi, sentia meu coração disparar, enquanto tentava segurar as lágrimas. O silêncio ficou por mais de dez minutos, Justin andava de um lado para o outro me deixando ainda mais nervosa. As palavras que saíram de sua boca me despedaçaram.


— Tira. – o encarei, sem saber o que falar. Não podia acreditar que as palavras que me quebraram, saíram da boca que eu tanto amava.


— O quê?


— Você não está pensando em ter esse filho, está? Mirela, nós não temos nada, nem sabemos cuidar de nós mesmos, o melhor que você faz é tirar. – neguei com a cabeça, me levantando — Onde você vai?  – dei de ombros, abrindo a porta de seu quarto — Se você não tirar essa criança, pode esquecer que eu existo.


— Pode ter certeza que vou me esforçar para isso.


Saí de sua casa, minha visão estava embaçada e as lágrimas escorriam pelo meu rosto sem minha permissão. Meu coração estava despedaçado, o garoto que eu achei que pudesse sentir algo verdadeiro por mim, tinha acabado de jogar um fruto do nosso amor fora. Estou ligada a ele para sempre, mas ele vai me esquecer. Isso é bom, já que ele não quer me ver nunca mais. Eu vou cuidar de nós dois, já que eu sempre senti por nós dois.

                               
                               (…)

Um ano depois...


A chuva fraca caia lá fora, enquanto, meu pequeno Chase, olhava atentamente as gotas de água caírem pela janela. O barulho da chuva sempre deixou meu pequeno garoto vidrado. O cabelo ralo e loiro, deixam seus olhos castanhos ainda mais lindos, Chase era a cópia de seu pai, tão lindo quanto ele.


— Você deveria ir dormir um pouco. – virei meu rosto, para ver minha madrinha se aproximando. Quando contei para meus pais sobre a gravidez, meu pai ficou furioso, mas apoiou, não disse de quem era meu filho, então decidimos que o melhor era eu vir morar com minha madrinha, em Los Angeles e desistir da faculdade por agora


— Não estou cansada. – deitei Chase na cama, me sentando ao seu lado.


— É uma pena, ele ser tão parecido com o pai. – soltei um riso fraco, os grandes olhos castanhos se direcionaram para mim.


— Ele é a melhor parte de mim.

Last Love [Entrará em correção]Onde histórias criam vida. Descubra agora