Hoje é quarta-feira e eu estou doente. Isso mesmo, desde segunda-feira que eu não vou as aulas. Lilia e meu pai têm cuidado de mim. Meu pai trabalha muito, mas ele sempre encontra um jeito de vir me visitar.
Tenho falado com Sadie por mensagem. Ela me manda os deveres, porque eu não posso acumular. Hoje, como eu estou doente e não consigo ir na casa dela, ela vem no meu quarto para eu ajudar ela a estudar. Não tenho vontade de ser a professora de alguém nesse momento, só quero dormir, mas eu queria passar algum tempo com Sadie, então vai ser o único jeito.
Ouço meu celular tocando e olho para ver quem é. A tela brilhante no quarto escuro me dá uma pontada de dor de cabeça e tenho que fechar os olhos. Abro de novo e vejo o nome de Noah aparecendo no ecrã. Decido atender.
- Millie. - ele fala mais baixo do que o normal, e com normal eu quero dizer gritar. Emmy deve ter falado para ele que eu estou doente.
- Nozi, tudo bem? - pergunto rouca por conta da dor de garganta.
- Tudo ótimo. E você? Está melhor?
- Melhorando. Não se preocupa, daqui a alguns dias estarei melhor que nunca. - digo e solto uma risadinha.
- Espero que sim. Millie sabe daquilo que te contei? - e bom ouvir ele me chamar de "Millie" e não de "Millie sapata", não estava aguentando mais.
- O quê, Noah? Você fala muita coisa, às vezes eu me perco. - digo e Noah ri.
- Da proposta de trabalho do meu pai. Então, a gente está se mudando no final do mês. - ele diz elevando um pouco mais a voz mostrando que ele estava empolgado.
- Que bom, Nozi.
- Nossa, gente, que seca. Estava esperando mais empolgação. - ele diz e se eu o conheço, ele está do outro lado da linha colocando a mão no peito fingindo estar ofendido, mesmo que eu não consiga ver.
- Estou doente de mais para ficar empolgada, me desculpa. Mas eu estou realmente feliz de você vir para cá.
- Está tudo bem, Milena. Tenho que desligar, minha mãe está me chamando. Fica bem.
- Tchau, Noah.
- Tchau, Milena, te amo.
- Também te amo.
Desligo o celular e o coloco debaixo do travesseiro. Me levanto para tomar os comprimidos. Abro um pouco a cortina que impedia o sol de entrar no quarto e pela janela vejo Finn e Sadie, já que os dormitórios eram praticamente do lado da escola.
Não consigo ouvir o que os dois estão falando, mas consigo ver que Sadie parece extremamente desconfortável com alguma coisa.
De repente um garoto que eu desconheço se aproxima do casal e cumprimenta ambos. Sadie parece estar aborrecida, mas Finn fala com o garoto empolgado. Pouco depois, a ruiva se distancía dos dois e vem em direção aos dormitórios. Será que ela está vindo para o meu quarto? Acho que não, ela vai ter aula daqui a 5 minutos.
Ouço alguém bater na porta e as minhas suspeitas se confirmam. Me aproximo da porta e realmente penso se devo abrir ou não. Embora seja Sadie, não sei se estou com vontade de falar com alguém, pelo estado miserável em que se encontra a minha garganta.
Acabo decidindo abrir a porta.
- Sadie. - digo com dificuldade.
- Vim ver se você está melhor. Você está? - ela pergunta meio envergonhada. Não posso deixar de pensar o quanto ela fica fofa.
- Acho que não. - riu um pouco e me afasto da porta em direção a minha cama. - Pode entrar. - informo a ruiva que ainda se encontrava fora do quarto.
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Forever you -Sillie-
FanfictionOnde Millie vai para um colégio e conhece Sadie Sink, uma garota que deixa ela confusa pela sua personalidade explosiva.