Quando a casa recém-construída de Park Jessica é derrubada pelo terremoto mais fraco da história dos terremotos, ela realmente achou que tudo estivesse perdido. Entretanto, tudo que está ruim sempre pode piorar: como se fosse uma piada do destino, J...
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— O jantar está pronto — JungKook anunciou, escancarando a porta do meu quarto sem ter nenhum respeito à minha privacidade, é claro. Já era quinta-feira. Além do meu primeiro teste do ano ser amanhã, eu começaria no novo emprego segunda-feira, e seria mentira dizer que eu não estava nervosa. — O que está fazendo?
— Estudando. Bem, tentando, pelo menos. — Dei de ombros. Eu estava sentada na cama, de pernas cruzadas feito índio, com aquele livro gigantesco na minha frente. É sério, aquele livro era tão grosso que, se acertasse a cabeça de alguém, com certeza a pessoa morreria. Enquanto eu estava presa nos meus devaneios sobre quem eu deveria matar usando aquele livro, o professor ou eu mesma, mal percebi que JungKook estava se aproximando e se inclinando para ver o que eu fazia. Tomei um susto ao perceber que ele já estava sentado na cama, ao meu lado. — O que você...?
— Isso está errado. — Ele apontou para a primeira questão, que eu tinha feito com tanto afinco e demorara mais de meia hora para concluir. Filho da p... — Isso aqui também. E isso. Jessica, tudo está errado.
— Bem, eu disse que estava tentando — bufei. — Nem todos conseguem ser o gênio que você é. Eu não te vi pegando em um livro nenhuma vez desde que...
— Eu não estudo — ele respondeu, simplesmente. Pegou uma das borrachas no meu estojo e apagou toda a resolução que eu tinha feito. Eu estava prestes a xingá-lo, mas então, JungKook pegou um lápis e começou a escrever. — Preste atenção.
Ele resolveu o exercício em menos de dois minutos, com uma resolução muito mais bonita, fácil e rápida do que a bagunça que eu havia feito antes.
— Como você...?
— Você só está complicando as coisas — JungKook prosseguiu, apagando a resolução seguinte. — Entendeu o que eu fiz ali em cima? Repita na questão de baixo.
Eu queria xingá-lo mas, por conta da síndrome, simplesmente peguei a minha lapiseira e o obedeci. Para a minha surpresa, não só a resposta estava completamente diferente de antes, como também estava correta.
— Como é que eu...?
— Talvez reconsidere as aulas que eu te ofereci. — JungKook deu uma piscadinha. — Venha, vamos jantar. Eu te ajudo com isso mais tarde.
...
— VOCÊ TIROU UM 10?!
Eu estava tão impactada quanto Alice. Quando o professor me entregou aquela prova e me parabenizou — algo que nunca acontece, aliás –, eu fiquei estática encarando aquele 10 feito em caneta vermelha. Não sabia o que dizer e não sabia o que fazer. Honestamente, eu tinha acabado o teste tão rápido que pensei ter tirado um zero.
Eu li e reli a prova. Será possível, mesmo? Talvez o professor tivesse errado a correção. Talvez ele só estivesse com preguiça. Mas eu constatei que não, assim que ele passou a correção no quadro-negro. Eu realmente tinha tirado um 10. Eu tinha acertado tudo. Cada questão, cada item, cada vírgula, cada detalhe.