Capítulo 24

10.9K 1K 111
                                    

- Victoria, acorda, estamos perto de pousar. - Dimitri está sentado do meu lado me chamando.

Levanto sonolenta vou ao banheiro dar um jeito na bagunça que a em mim e logo sigo para o assento ao seu lado.

- Eu dormi muito. - Digo passando o cinto.

- Tudo bem, também acabei de acordar. - Deposita um beijo em minha mão e a coloca no seu colo abaixo da sua.

Como pode coisas tão simples nos fazer sentir tão bem, meu coração tem hora que parece um tambor de tão agitado que se encontra por ele.

Assim que saímos reparei que tinham dois carros e não um. Olho para Dimitri que logo vem me explicar.

- Desculpa, tenho que ir a uma reunião com alguns capos. Carter vai te levar pra casa, não demoro mais que duas horas.

- Tudo bem, te espero em casa.

Ele sorri apenas com os olhos pra mim. É claro, o lado Dom na frente dos outros, ainda não me acostumei com isso. Me leva até o carro e deixa um beijo em minha cabeça.

Entro cumprimentando os dois soldados e seguimos. Carter é o soldado que sempre me acompanha, independente de com quem eu esteja, também é o único que eu já consegui conversar e tirar uma risada, ele é considerado por mim o de mais confiavam pelo Dimitri, é o único que vejo Dimi respeitar, antes andavam sempre juntos mas agora Carter foi mandado ficar na minha cola. Ele deve ter quase seus quarenta anos mas é muito simpático e nem aparenta tanta idade assim, com seu ar galatiador e sério.

No caminho começo a ver o mesmo carro a nossa frente, olho para trás ligeiramente e um do mesmo modelo nos segue.

- Carter. - Ele não me olha mas me entendeu dando um suspiro alto.

- Eu vi senhora.

Tentamos cortar caminho por entre os carros para despita-los e acabamos em uma rua menos movimentada onde nos encurralam conseguindo nos parar e o motorista foi obrigado a frear bruscamente para evitar um acidente.

Já peguei minha arma no cós da calça e um faca da bolça. Ultimamente estou treinando e andando sempre preparada pra uma guerra, por que com toda certeza isso é obra do Marcus.

Dois homens descem de cada carro. O motorista e Carter estão com o vidro aberto e tentam atirar, matam um deles mas recebem várias balas de volta. Miro pelo banco da frente e por estar meio escondida consigo atirar no peito de outro deles.

Nosso motorista tenta abrir a porta mas é recebido com um tiro na testa.

Porra.

Com nosso susto os homens chegam e conseguem abrir minha porta e a de Carter. Ele tenta me puxar e por sorte ele não é grandão então consigo o chutar. Ele pula raivoso para dentro do carro e tenta me dar um soco no rosto mas desvio revidando na sua costela.

O homem está furioso, me engana e consegue pegar minha faca no assento. Puxo a arma e atiro em seu peito o fazendo cambalear para trás e cair mas antes conseguiu me fazer um corte na perna fazendo com que gemesse pela dor, por sorte acho que não foi muito profundo. A adrenalina me faz continuar no automático sem ligar pra dor.

Puxo a porta com força e assim que viro escuto um tiro. Hajo rápido e ainda com a arma em mãos inclino para frente e consigo atirar duas vezes no ombro do cara antes que atirasse novamente. Ele não morreu então temos que sair daqui. 

Puxo com a ajuda de Carter o corpo morto do motorista para onde eu estava, usando toda minha força, nossa sorte é que ele era magro.

Pulo para frente e dou rê voltando para rua movimentada seguindo para casa.

Meu coração saltita querendo sair pela boca mas não posso ne abater, não agora, não sem estarmos seguros novamente.

Olho para o lado e vejo Carter ensanguentado segurando o ombro esquerdo, tomara que não tenha sido perto do coração nem nada.

- Não morre e segura essa porra ai Carter. - Grito pra ele que está suando frio e ainda por cima sorri. - Para de rir maluco.

- Você me salvou senhora. - Fala baixo.

- Para de falar Carter e só aguenta mais um pouco.

Acelero como nunca, correndo pelas ruas da cidade, provavelmente chegarão algumas multas depois mas a vida dele é mais importante.

Bato no volante do carro de frustação. Tinhamos que morar tão longe? Continuo falando com Carter pra evitar que ele durma ou desmaie, já assiti muito Grey's Anatomy pra saber que se ele apagar é uma coisa ruim. Se não fosse trágico estaria rindo agora por lembrado de uma série logo nesse momento.

Minutos depois chegamos em casa, entramos rápido assim que me reconhecem. Desço correndo e vou pro lado do Carter já abrindo a porta.

Tem alguns soldados do meu lado nesse momento e todos olham meio paralisados, não sei se o motivo sou eu ou o Carter. Mas acho que não me esperavam nessa posição, por isso o espanto.

- Levem ele pra dentro porra. - Dou um grito que até os vizinhos devem ter escutado. - Rápido.

Passo na frente assim que eles fazem o que mando e corro abrindo a porta mas não vejo ninguém então grito.

- Alexander, Liam .. - Grito enquanto os soldados o colocam no chão ao meu lado. Me agacho e continuo gritando o nome de todos e começo a pressionar seu ombro.

- O que aconteceu? - Pergunta Alexander já acompanhado de Emma e Liam.

- Não dorme Carter. - Dou uns tapinhas na cara dele que está confuso. - Fomos atacados. - Gritei e voltei minha atenção a Carter. - Não te dei permissão nenhuma pra morrer então aguenta.

Não consigo falar sem gritar. Liam abaixa do meu lado e começa a apertar no meu lugar. Logo um homem chega, deve ser o médico ou sei lá mas manda leva-lo para uma cama pra tirar a bala.

Sento no chão mesmo e termino de fazer o rasgo onde a faca passou para conferir.

- Porra, você não falou que estava machucada. - Gritou Liam me pegando no colo e colocando no sofá com todos em volta. Viu o machucado e arrancou a blusa colocando pra fazer pressão na minha perna.

Oh família de homem gato senhor.

- Não foi nada, ele não conseguiu enfiar a faca toda. Acho que só precisa de pontos.

- Mas que caralho foi que aconteceu? - Grita Harry da porta de casa.

- Acho que Marcus finalmente aconteceu.

Dimitri - Trilogia Irmãos Trevelyn 1Onde histórias criam vida. Descubra agora