De Waldemar de Souza Brandão
Cravolândia-BA, 16/11/75
Aos 16 anos, um bom número de adolescentes, duma festa chegando, surgiu um disse não
disse, por causa de namorada; o irmão da
Odilia disse minha irmã eu defendo,
não tenho amigo, nem camarada.
A mulherada, mãe da turma, entrou duro
no fuxico, foi uma gritaria danada.
Ouvindo a zuada da turma, minha mãe,
que deitada se encontrava, saltou da
cama em um pulo, em camisa de dormir,
e com um cacete na mão, aos gritos
no local foi chegando: Se meu filho
está no rolo, estou aqui para brigar.
Em favor de um filho, a velhinha era uma cainana.
E por isto a briga acabou, pois meu pai também ali chegou.
Eu, Alicio, Artur, Josias, Elieser, dias depois, analisando o ocorrido, os fatos
foram contados, dado origem a gargalhadas.
Cada qual narrava de u'a maneira,
tentando se explicar, e o pior aconteceu:
A turma se afastou da moçada, que no final foi quem perdeu.
FIM
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Os poemas que eu ouvi
PuisiColeção de poemas de Waldemar Brandão, meu pai. Ele fazia questão de ler cada um deles para mim.