DOZE

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★☆☆☆☆
Pov's Annabeth

Acordo com o barulho do despertador.
Suspiro e olho para o lado, e o Percy já não estava mais do meu lado.
Ainda bem que ele fez isso, o meu pai anda tão paranóico esses dias. E se ele visse que o Percy dormiu comigo era bem capaz dele fazer o maior escândalo.
Ele ainda acha que eu sou uma menininha pura e inocente. Eu o amo tanto que fico receiosa em lhe dizer a verdade.
A grande verdade é que eu não sou muito a garota que ele pensa que eu sou.
Eu sempre sou dedicada aos estudos e dispenso qualquer outra coisa para ficar em casa estudando.
Tudo isso para que o meu pai fique orgulhoso de mim, e possa falar para todos que eu fui uma boa filha.
Os pais querem ter coisas boas para falar sobre os filhos. E por isso que desde sempre eu sacrifiquei a minha adolescência- ou o começo dela- e a minha infância, apenas para ser a filha perfeita.
E não aquela que deixou os pais arrasados por ter morrido antes da hora.
Só que o meu pai exagera com a missão de ser um pai de adolescente. Ele pega muito no meu pé, e olha que eu não dou motivos para ele ser assim.
Uma das vantagens de se estar morrendo é que os pais não tem o direito de te castigar, pois a vida já me castigou o suficiente.
Me levanto e me espreguiço deliciosamente.

_Aí Percy você fez a coisa mais sensata a se fazer- resmungo- do jeito que o meu pai anda protetor eu nem sei o que ele faria se te pegasse aqui.

As vezes eu tento entender o meu pai, ele apenas não quer ver a filha sofrendo por causa de garotos.
Só que por ele insistir em me proteger de tudo e de todos eu não vivo direito e não aproveito o tempo que me resta.
O Meu pai iria surtar se soubesse que eu não sou uma garota pura.
Sorrio e entro no banheiro.
Faço a minha higiene pessoal e ligo o chuveiro.
Para ele a virgindade é a coisa mais importante que uma mulher pode oferecer. Quando ele começa com os seus sermões eu fico até com sono. Ele não deveria ser assim, é por causa disso que faço as coisas escondida. O Meu pai não aguentaria descobrir a verdade.
Entro debaixo do chuveiro e sinto a água quente tocando o meu corpo.
As vezes a água me deixa relaxada, e de alguma forma eu fico melhor e consigo pensar direito.
Ultimamente eu ando com a cabeça nas nuvens como a minha avó gosta de falar.
Me olho no espelho e um choque percorre todo o meu corpo.
A minha barriga estava toda manchada com pequenas formas arredondadas e roxas, e os meus seios também estavam manchados.
Apoio à cabeça no espelho e começo a chorar, essa era uma das consequências daqueles remédios que os meus pais insistem em me dar. Eles deixam o meu corpo manchado e horrível. Só que evita que essa doença idiota se alastre para outros órgãos ou acabe de vez com o meu pobre e fraco coração.
Geralmente eu não sou tão melodramática assim.
Antes eu não me importava que o meu corpo ficasse manchado, antes eu não tinha ninguém que visse o meu corpo.
Só que agora eu tenho.

_Será que o Percy ainda vai me querer quando me ver assim? - penso- uma galinha pintadinha alienígena.

Me olho mais no espelho e vejo que a minha cintura está marcada- com sinais de dedos- e o meu bumbum também estava com essas marcas. Junto com algumas manchas eu também via mordidas nos meus seios.

_Sinal de que a noite - e boa parte da madrugada- foi muito boa.

Dormir mesmo com o Percy foi a melhor experiência da minha vida. E olha que eu já fiz muitas coisas na minha vida. Coisas que até os deuses duvidam.
Jogo uma água no meu rosto e termino o meu banho.
Me enrolo em uma toalha e saio do banheiro.
Quase morro de susto quando vejo a minha mãe sentada na minha cama sorrindo.

_Bom dia dorminhoca- ela sorri.
_Mãe- falo ainda assustada.
_Desculpas se te assustei minha filha- a minha mãe sorri- é que eu vim saber como você estava.
_Estou bem mãe- tento sorrir.

Ela se aproxima e me encara ansiosa.

_Mãe- falo já que ela fica em silêncio.
_ Aí filha como foi a sua noite?- ela perguntou direta como sempre.
_Minha noite? - falo calma.
_Ah filha vai deixar a sua mãe na curiosidade mesmo- ela ri- isso é maldade sabia?
_Mãe. Isso é meio complicado- sorrio e ela suspira.
_Anna somos amigas- ela pega nas minhas mãos.
_Esta bem- me sento na cama e ela se senta do meu lado.

Trabalho de Escola Onde histórias criam vida. Descubra agora