VINTE E NOVE

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★☆☆☆☆
Pov's Annabeth 

_Você não nos assusta menina ingênua- o Grover sorri- chega até ser engraçado essa sua mudança.
_De pensar que pode nos enfrentar- a Piper continua- e a única coisa que vai conseguir é terminar em uma cama de hospital.

Raiva.
O medo que eu sentia deles se transformou em muita raiva. Eles estão me ameaçando abertamente e praticamente confessando que fizeram isso com o Percy. E eu não posso mais ser essa menina idiota que fica com medo de duas pessoas.
Agora eu tenho que defender o meu filho.
E vou fazer isso de cabeça erguida.

_O problema é de vocês- digo tranquila- se sou tão insignificante o que estão fazendo aqui?
_Estamos aqui para garantir que permaneça com essa boca fechada- o Grover não está tão confiante.
_Mas não vou mesmo- digo sorrindo- eu poderia até mesmo chamar os seguranças e dizer que estão me ameaçando.
_Faz isso- a Piper rosna.
_E vão o que? - continuo rindo- me matar? Mas o estrago já está feito. Então aconselho a sair daqui.

Os dois me encaram e vão embora em silêncio.
O meu corpo está tremendo.
Me sento e deixo que as lágrimas escorram pelo o meu rosto.
Agora que a adrenalina passou eu deixo que o medo chegue aos poucos.

_Se eles fizeram isso com o Percy- penso- sem ele ter feito nada, então o que eles vão fazer comigo se eu fizer algo?

Mas eu não posso deixar que o medo me domine. Eu não posso deixar que esses dois continuem assim fazendo ameaças e saindo impune depois de ter feito algo tão bárbaro.
Mas eu não tenho provas físicas de que foi mesmo eles que fizeram isso. Eu não posso os acusar formalmente. Mas posso deixar que eles fiquem com bastante medo do que eu possa fazer.
Eles são tão burros que nem vão se dar conta de que eu não posso os prejudicar sem provas e que não posso fazer nada contra eles. Apenas acabar com a reputação daquela idiota da Piper e da Bianca.
Mas eu sei que posso fazer uma investigação para descobrir quem atacou o Percy e só assim eu vou poder fazer justiça.
E é isso o que eu vou fazer a partir desse momento.
Eu não estou mais sozinha.
O meu filho vai me dar coragem para continuar.
Encosto a cabeça na poltrona e encaro a janela por uns instantes.
Olhar as estrelas me deixa bastante calma.
Suspiro e coloco a minha blusa de frio e me ajeito ao máximo que posso naquela poltrona dura.
Adormeço com a mão na barriga.
Abro os olhos quando vejo que o dia já está claro. Me levanto e vou até a recepção para ter noticias do Percy.

_Ele ainda não acordou- a recepcionista me diz depois de conferir algo no computador.
_Obrigada- sussurro.

Pego a minha bolsa e vou até o banheiro do hospital. Escovo os meus dentes - eu sempre trazia uma escova e pasta de dente na bolsa- e jogo um pouco de água no rosto e me encaro no espelho.
Eu estava um caco.
Mas estou um pouco mais confiante do que ontem. A minha vida deu um giro bastante depressa e eu fiquei sem chão diante de todas as notícias que recebi.

_Mas a partir de agora as coisas vão ser diferentes- sussurro- eu não vou mais ser aquela menina assustada, e nesse momento o Percy e o meu bebê precisam muito de mim.

E eu não posso os decepcionar.
Algo no meu coração me diz para ter esperança de que logo o meu amor vai se levantar daquela cama.
Ajeito os meus cabelos e saio do banheiro e vou até a lanchonete e compro um copo de café.
Tomo lentos goles enquanto mando uma mensagem para a minha mãe dizendo que as coisas estavam da mesma forma.
E felizmente eu não estou nem um pouco enjoada.
Volto para a sala de espera.
Vejo uma revista jogada em um sofá e a pego.

_A maternidade- sussurro- logo você estará aqui nos meus braços meu bebê e o seu papai estará aqui com a gente.

Apesar de todas as circunstâncias eu estou bastante feliz com a chegada do meu bebê. E fico imaginando se vai ser menino ou menina.
E torcendo para que ele não tenha nenhuma alteração no coração.

Trabalho de Escola Onde histórias criam vida. Descubra agora