Capítulo 5 - Continuação

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Isadora olhava confusa para o moreno, que após uma breve pausa, respondeu ao seu convite:

- Irei sim!, já sei até o presente ideal...

- Eba! Mal posso esperar então.

A garotinha se despediu e voltou para casa, mas pode ouvir ao fundo o menino recitar mais poemas, dessa vez em francês:

- Ouvrez la fenêtre et merci: c'est ma devise du jour. Essa ficou boa, vou postar no Face!

A menina ficou o dia inteiro pensando sobre sua festa, mas logo a noite chegou, e assim a manhã novamente, e assim se aproximava da hora do almoço, e assim, a hora da festa também.

A garotinha estava usando um lindo vestidinho amarelo, com pequenas margaridas bordadas, e seu chapéu de festa do JG na cabeça. A festa toda era no tema João Guilherme, um ator mirim famoso da época. Tudo estava montado no quintal da casa, a menina era meio tímida, então seu único amigo convidado seria Diego, e aguardava ele pacientemente sentada em uma das mesinhas com toalha branca e bolinhas amarelas.

Esperou 1 hora...

2 horas...

Sua família já estava quase indo embora da festa

A Cadela Sofia continuava muda em seu canto, o único barulho emitido era o da sua tosse após engasgar com uma coxinha que tinha vacilado no chão.

O bolo já tinha sido partido e dividido, comido mais de uma vez até

Lembrancinhas distribuídas.

Fim da festa já de noite

E Di não aparecera.

A Cacheada foi dormir chorando se perguntando o porquê de ter sido abandonada pelo menino.

Ao amanhecer, ainda se sentia abatida e preferiu não sair da cama, nem se sentiu tentada à comer os restos da festa depois de sua mãe oferecer alegremente, e após ver a menina recusar so foi se deitar no sofá como sempre.

Mas depois de um tempo, se ouviu a campainha, e logo depois Sra. Flora aparece no quarto dizendo que haviam lhe pedido para entregar algo, um pequeno papel com um verso:

Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.

Vinicius de Moraes

A menina conhece quem gostava de citar poesias, principalmente de escritores velhos que não sabia nem como era de aparência só de nome... Seu amigo Di. E nunca mais o teria visto, ate hoje!

Entre Poemas e PoetasOnde histórias criam vida. Descubra agora