perverted girl || z.m

chapter twelve || the dress ||

Sigo Zayn enquanto descemos as escadas. Quando chegamos lá em baixo percebo que o ambiente está mais escuro do que quando cheguei, a música estoura em meus ouvidos e todo mundo parece estra bem mais animado. Isso só me faz pensar que quanto mais tarde, melhor essa festa fica.

Meu chefe abre caminho no meio da multidão descontrolada e, com a ajuda do álcool que corre pelas minhas veias, olho maravilhada ao redor. Vejo garotas dançando em cima das mesas, garotos virando shot atrás de shot, grupos de adolescentes incentivando algum tipo de aposta aos gritos. Tem casais em todo o canto e as pessoas a essa altura não se beijam, parecem estar se engolindo. Não quero mais ir embora.

Ignoro a mancha o horrível em meu vestido e paro de andar atrás do Malik. Com um sorriso quase bêbado no rosto, me aproximo do que parece ser o maior e mais animado amontoado de gente. Tropeço em qualquer coisa e caio para a frente, batendo contra alguém pela segunda vez hoje, olho para cima e grito desculpa para o garoto que me segurou. Ele sorri e me empurra com pouca força para o meio de uma das muitas rodas de dança. Sou recebida por gritos e assovios, com esse belo incentivo começo a dançar de novo.

Minha alegria dura pouco quando Zayn me acha, não protesto quando ele me puxa do meio do monte de gente. Sua mão segura meu pulso firmemente enquanto ele me arrasta pelo meio da festa até a saída.

Ele me puxa pela calçada molhada e só quando saímos da propriedade que meu pulso é solto. Ele não diz nada e continua andando na minha frente. Com o barulho do salto das minhas botas batendo contra o chão, ele deve saber se eu estou andando junto com ele ou não. Muitos carros estão estacionados ao longo da rua e não consigo encontrar sua Ferrari entre eles.

Não faço ideia de que horas são e nem para onde estou indo. Uma brisa gelada passa por nós e eu estremeço com frio, a bebida gelada em meu vestido só aumenta essa sensação.
Meu queixo começa a tremer e eu tento fazer o máximo que posso para que meus dentes não batam uns nos outros, fazendo barulho. Suspiro e abraço meu corpo para tentar me aquecer.

Zayn diminui o ritmo de seus passos e olha para trás. Olho para sua cara e ele faz uma careta.

"Toma." Ele diz tirando sua jaqueta. Só agora que reparei em sua roupa. Está usando uma camiseta preta, jeans escuros e sapatos de marca esportiva.

"O quê?" Pergunto e paro de andar, meio perdida.

"Usa a minha jaqueta." Ele diz de maneira óbvia.

"Não quero sua jaqueta, quero o vestido." Retruco e meu queixo treme quando termino a frase. Meu chefe bufa.

"Deixa de ser teimosa." Ele joga o tecido grosso em minhas costas e ajeita em meus ombros. Enquanto ele executa essa tarefa eu apenas observo seus gestos estranhamente cautelosos. Sinto o perfume forte e incrivelmente bom que grudou na jaqueta e a aperto contra meu corpo, quando mais uma brisa me atinge.

Ele me encara novamente e eu pergunto para cortar o silêncio:

"O quê é?"

"Não vai nem dizer obrigado?"

"Eu já disse, só vou te agradecer quando eu estiver com o vestido."

"Entendi." Ele responde olhando ao redor.

"Por que você estacionou o seu carro tão longe?" Pergunto rapidamente e quase me atrapalho com minha língua.

"Ele está bem ali na frente." Ele se vira e começa a caminhar de novo e eu vou atrás dele, continuo sem ver sua Ferrari. Depois de mais alguns minutos paramos em frente à um carro diferente: uma Lamborghini preta.

O moreno tira as chaves do bolso e destrava o alarme. Até o barulho que isso faz é bonito. Malik abre a porta do motorista e entra, entro apressada no veículo pela porta do passageiro, com medo de ficar para trás e com frio. Nem acredito que vou andar numa máquina cara dessas.