chapter three || uniform ||

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A cada passo que eu dava e me aproximava daquele escritório, minha adrenalina crescia, por diversos motivos, o principal era poder ter o gosto de ele ver que lidar comigo não seria tão fácil como lidar com todos os outros; e tinha também, o pequeno receio de ser demitida.

Abri a enorme porta de seu escritório e entrei logo em seguida, ele como sempre, estava mergulhado em todos os papéis da empresa, mas ao fechar a porta, ele nota minha presença.

"Sente-se senhorita Coleman." Ele pediu com a maior calma possível, e me encarou, então apenas obedeço sem dizer nada.

"Você sabe que trabalha em uma empresa certo?" Sarcástico. Ótimo, já começamos bem.

"Sim, eu sei." Respondo e coloco o recibo dos uniformes em cima de sua mesa e cruzo os braços logo em seguida, se ele iria manter esta pose e tom arrogante, eu também iria.

"Então por que usa um uniforme deste tipo?" Ele apoiou seus cotovelos na mesa, deixando sua cabeça encostada em suas mãos.

"Porque o senhor me obriga a usar uniforme." Sorrio olhando ele, que aumenta a carranca presente em sua face.

"Eu estou perguntando pelo tamanho senhorita Coleman." Ele se levanta da cadeira em frente a sua enorme mesa, e se senta no canto da mesa logo em seguida, ele ainda continuava​ me olhando.

"Ah, claro, o uniforme antigo era gigante, estava horrível, fiz mudanças apenas, mudanças ao meu critério." Dou de ombros agindo como se fosse algo normal, porque afinal, era algo normal.

"Senhorita Coleman, a empresa não é sua e certamente não é você quem dita as regras, este tamanho é mais que inadequado para esse serviço." Ele também cruza os braços, e se ele já estava me irritando com a sua crítica, agora está mais ainda.

Não consigo me conter, quando vi já estava em pé a sua frente.

"Não pode me obrigar a usar algo que eu não me sinta confortável." O tom de minha voz se eleva e ele parece um pouco surpreso pela minha reação.

"Isso mancha a reputação da loja, uma garçonete usando um uniforme desse tamanho deixa tanto quanto os funcionários assim como os clientes desconfortáveis. Isso não depende de você." Ele diz seriamente.

"O que há de tão errado com o comprimento desta roupa?" Pergunto impaciente.

Ele me encara pelo que parece uma eternidade, seus olhos passam por todo o meu corpo e quando volta a olhar para o meu rosto ele me responde no seu tom mais frio:

"Está parecendo uma prostituta."

Logo que as ultimas palavras foram pronunciadas, minha mente começa a trabalhar muito rápido.

"O quê!?" Exclamo, incrédula.

"Está parecendo uma prostituta." Ele repete e isso parece acarretar uma sensação horrível em mim.

"Uma prostituta!? Você não sabe do que está falando, idiota! Estou sendo obrigada a usar um uniforme, coisa que nunca foi exigida na loja, além disso ele era horrível, só fiz mudanças ao meu critério, para me sentir mais confortável, no caso, isso também inclui o tamanho. Por que não vem você com este uniforme ridículo que obriga seus funcionários a usar? e você não pode me criticar, roupa não define nada." Pego na saia no meu corpo e a sacudo.

Ele não diz nada, e a cada frase que eu dizia eu me aproximava um pouco mais, por impulso. Sua expressão era neutra, naquele momento parecia que ele não tinha qualquer tipo sentimento e isso, obviamente, me irritava mais.

"Além do mais..." Aponto um dedo na sua direção. "...Eu tenho que te aturar, você só chegou aqui a uma semana e só dita regras, não conversa com os funcionários é duro e frio, realmente um idiota!" Grito, atingi meu ponto máximo. Eu já estava perto o suficiente e o meu dedo encostou em seu peito coberto pela camisa social.

perverted girl || z.mOnde histórias criam vida. Descubra agora