[Amor é fogo]

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Bom diaaaa, e perdoem pela demora. Foi meio difícil escrever esse capítulo, mas finalmente apareci.

Espero que gostem 😍

JENNYFER, ERICA, FENTY E JÚLIA: QUERO MEUS BISCOITOS.

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O tempo vem, voa para longe e não volta. Tudo o que traz tem grande valor; As conquistas, sacrifícios, ensinamentos e a salvação de tudo o que é verdadeiramente valioso.
O tempo é capaz de regenerar, de aliviar tudo aquilo que já foi dor e secar tudo aquilo que um dia foi sangue. Junto com o respeito e o espaço estabelecido pelas duas mulheres que enxergaram em seu casamento uma luz, mesmo que pequena por conta de um acaso, um susto do destino.
A arte de consertar, de dar vida quando sabe que ainda há esperança, mesmo que pouca.

Haviam se passado três meses desde a decisão de adoção.

Com isso, um novo lar nascia.

Lauren e Camila procuravam se entender e se respeitar. Se permitiam re-conhecer uma a outra. Com anos de casamento, muita coisa havia se perdido, muito espaço foi invadido e infelizmente coisas importantes foram deixadas para trás. E mesmo em saber de fato qual passo dar, as mulheres numa decisão madura e responsável decidiram continuar a caminhada juntas.

Com a decisão, a nova e importante responsabilidade. Maternidade era o sentimento que havia entrado na casa, mesmo que o processo de adoção rolasse de forma lenta.

Eram quase dez da noite quando Lauren chegou à sala e se deparou com a mulher dormindo sentada, enquanto a bebê brincava com o próprio pé no berço móvel ao lado. A decisão da maternidade não as preparou para o cansaço que vem de brinde. Mãe não dorme, apenas descansa os olhos. Era isso o que Camila sentia na pele todas as noites quando conseguia por fim adormecer por mais de três horas seguidas.

— Meu bem? — Lauren chegou com calma, tocando a mão da esposa que abriu os olhos devagar. — Dormiu?

Camila abriu os olhos com dificuldade e se espreguiçou no confortável sofá. Olhou para o lado e se deu por derrotada. Ela havia dormido, Jenny não.

— Eu nem percebi que cochilei, essa pequena me derrubou. — respondeu num tom preguiçoso. — Encerrou por hoje?

— Tudo certo. — Lauren sentou ao seu lado e fez um rápido carinho em sua perna. — Amanhã preciso ir ao escritório, pela parte da tarde.

— O que vai fazer pela manhã?

— Como você precisa ir ao seu Estúdio, fico com Jenny até você chegar, sim?

— Está certo, amor. Apenas não a deixe dormir muito depois da mamadeira das nove. — pediu voltando a se espreguiçar. — Você pode tentar fazê-la dormir agora? Eu não sei o que tem no leite dessa criança, já passou do horário. Vou preparar outro e volto já.

Se levantando ainda tonta pelo cochilo repentino, Camila caminhou até a cozinha em passos desajeitados. Era uma experiência curiosa cuidar de um bebê. A exaustão era certa, mas nada era mais gratificante do que a troca de amor que recebia num gostoso sorriso da pequena.

Esquentou a água o suficiente e mergulhou um pequeno pacote de chá de camomila, deixando-o dissolver enquanto escutava uma gostosa cantoria na sala de estar. A canção era familiar aos seus ouvidos, mas ela ainda não entendia com clareza o suficiente para identificá-la. Continuou o que fazia colocando as duas medidas de leite em pó na mamadeira, a sacudindo em seguida.

Ela esperava que assim Jenny dormisse a noite inteira.

Quando retornou a sala, se surpreendeu. O espanto que a paralisou não foi apenas por conta da pequena criança agora estar num sono profundo. E sim por ela estar num sono profundo com o rosto afundado no ombro de Lauren que cantava baixinho a canção tão conhecida pelo casal.

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