Segundas - feira haviam se tornado o meu dia preferido da semana, porque era geralmente quando eu podia ficar em casa sem fazer nada e as chances de me chamarem para o trabalho eram baixíssimas.
Eu, como uma mulher extremamente caseira, adoro passar o dia assistindo televisão, ou lendo algum livro enquanto tomava uma taça de vinho. Zen, meu gato, estava sempre ao meu pé, eventualmente ficando no meu colo.
Essa era exatamente a minha situação neste momento: eu estava sentada no sofá, as pernas esticadas e cobertas por uma manta, uma taça de vinho repousava na mesa ao meu lado, e o álbum de Niall Horan tocava no fundo enquanto eu lia um romance.
A paz existe, senhores, e ela é conhecida como segunda-feira.
Mas, já ouvi dizer que felicidade de pobre dura pouco, e o universo gosta de me mostrar que essas coisas realmente são verdade, e a campainha do meu apartamento tocou. Abaixei o livro, com os olhos cerrados, pensando em quem poderia estar atrapalhando meu santo descanso, mas antes mesmo de chegar a alguma conclusão, a campainha tocou de novo.
- Já vai - falei alto, deixando meu livro do lado da taça de vinho e indo até a porta. Zen aproveitou que eu levantei e me copiou, ficando de pé em cima do sofá e se espreguiçando.
Quando abri a porta, dei de cara com Max Verstappen segurando três caixas de pizza, ao lado de Pierre, Caterina e Charles Leclerc. Inclinei a cabeça para o lado enquanto encarava o quarteto parado no corredor
- A gente marcou alguma coisa e eu esqueci? - perguntei confusa e Max revirou os olhos
- Não, mas a gente veio te fazer companhia. Ficar em casa com seu gato é meio depressivo - ele falou, me empurrando levemente para o lado. Com o espaço aberto, todos entraram no meu apartamento. Cate me dei um beijo na bochecha ao passar por mim e eu senti o sangue se acumular nas minhas bochechas quando Charles sorriu largo para mim.
- O Zen é uma ótima companhia - eu defendi meu gato, enquanto fechava a porta. Meus visitantes já estavam acomodados no sofá e puffs que eu tinha na sala, as caixas de pizza abertas na mesa de centro - Vocês querem vinho? - ofereci e todos concordaram com a cabeça.
- Eu te ajudo - Charles se levantou e me seguiu para a cozinha, a fim de me ajudar com as taças e a garrafa de vinho.
Agora é um bom momento para te atualizar sobre mim e Charles. Desde que ele havia perguntado sobre mim, um mês antes, nos encontramos várias vezes, graças à Pierre que sempre dava um jeito de inventar compromissos em que nós dois precisávamos ir. Depois da terceira vez que saímos no mesmo grupo de pessoas, ele pediu meu telefone e então passamos a conversar todo dia por mensagem, até que virou uma rotina. Mas apesar disso, nunca havíamos saído só nós dois.
Charles pegou as taças dentro do armário e me olhou enquanto eu pegava uma garrafa de vinho fechada na minha mini adega improvisada com palets de madeira.
- Gostei do estilo - ele brincou me olhando e eu encarei minha roupa - uma calça de pijama e um moletom da RedBull. Eu sabia que meu cabelo deveria estar longe da definição de "apresentável" e eu dispensei as lentes de contato para usar meu óculos de grau.
Como a mulher madura que sou, mostrei a língua para ele e voltei para a sala, sabendo que ele viria atrás. Na sala, sentei-me no sofá e ele optou por um puff ao lado de Max.
Era bom ter a companhia de pessoas que eu já podia chamar de amigos. Era quase impossível ficar ao lado dos quatro sem dar risada, e a adição de pizza e vinho deixava as coisas ainda mais divertidas.
- Chelsea, você sabia que o Charles está solteiro? - Pierre perguntou me encarando e eu, que estava tomando um gole de vinho, parei no meio do caminho, com a taça ainda em meus lábios e os olhos arregalados. Caterina revirou os olhos ao falar
