No dia seguinte quando cheguei ao hospital fui até o quarto da Nina e ela estava dormindo com um sorriso no rosto e me perguntei por que ela estaria sorrindo? Ela não teria motivos para sorrir, teria? Com o que ela poderia está sonhando? É quando meus pensamentos são interrompidos por sentir uma presença atrás de mim, era a Isobel. Ela me fitava com os olhos e falou: - Oi.
Eu respondi tirando meus olhos dos olhos dela. - Oi.
Ela se aproxima e passa as mãos sobre os cabelos claros da Nina que se aconchega mais no colchão não resisto e pergunto :
- O que fez para está aqui? Quero dizer você não me parece o tipo de garota que quebra regras.
Ela me deu um sorriso torto e meio irônico e me respondeu:
- Eu estou aqui por que quero, não estou obrigada a ficar aqui, estou aqui por que quero ajudar essas pobres crianças, estou aqui por que adoro ver a felicidade no olhar delas quando ganham uma visita de seus pais.
Ela olhou para a Nina com um olhar carinhoso e cheio de esperança. Eu sai da sala e ela me seguiu e me perguntou:
- Por que você é assim?
Me virei para ela tentando entender o porquê da pergunta e falei:
- Assim como?
Ela me deu um olhar que dizia: "Não se faça de idiota." E falou:
- Assim, finge que não se importa com ninguém que só pensa em si mesmo, usa essas roupas pretas essas jaquetas, e esse cabelo despenteado? Para mim tudo isso é só uma capa para você esconder o que realmente sente.
- Porque você diz isso?
Perguntei a ela perplexo com a sua atitude e seu modo de agir, mas mesmo assim com os olhos enfurecidos que colocava medo em todos, bom em quase todos, ela continuou olhando dentro dos meus olhos e sem nenhum sinal de intimidação ela me falou:
- Eu tenho um dom de captar o interior das pessoas, basta olhar no fundo dos olhos dela, e também li seu livro de poesias.
O meu olhar mudou, fiquei ainda mais enfurecido e envergonhando ao mesmo tempo, antes que pudesse falar alguma coisa ela foi logo se explicando.
- Estava caindo no chão ao lado da sua bolsa que estava entre aberta, acho que deve ter caído.
Eu olho para ela sem demostrar nenhum tipo de convencimento com suas desculpas falei:
- E o que te faz achar que era meu? Poderia ser de qualquer um. Você não sabe nada sobre mim, nem sobre a minha vida garota.
Saio sem deixar ela falar mais alguma coisa, chego em casa e entro dentro do meu quarto pego meu caderno de poesia e reflito sobre o que ela falou de mim, até pegar no sono.
♀Nunca poderia imaginar que aquele garoto mal encarado que só fazia besteira, quebrava as regras, colava nas provas, poderia fazer poesias tão lindas. E porque ele nunca disse a ninguém que ele fazia aquilo, o que será que deve ter acontecido para que ele se fechasse daquele jeito? Sempre tive um instinto para querer ajudar os outros e o Joseph me parecia com problemas, sempre quis ser uma psicóloga, sempre ficava observando as pessoas e o modo como elas agem, a minha mãe era minha vítima preferida sempre a observava o modo que ela agia e fazia um diagnóstico. Eu me sinto na obrigação de ajudar o Joseph, mesmo que ele seja um idiota e babaca, sinto que tenho que ajudá-lo.
♂ No dia seguinte vou para o hospital meio que ainda com um pouco de vergonha, mais ainda assim fui, do mesmo jeito com minha jaqueta preferida de couro preta e meu cabelo de sempre, vou para o quarto da Nina e ela olha para mim feliz, dou um sorriso não tão verdadeiro e digo:
-Oi, tudo bem?
Ela olha para mim com os olhos radiantes e fala:
- Oi! Estou ótima! E você?
Me pergunto por que ela estaria tão bem? Mais espanto o pensamento e respondo:
- Estou feliz.
Ela me dá um sorriso muito verdadeiro, me despeço dela e saio do quarto, vejo a Isobel ela me olha de cima para baixo e eu saio sem dar atenção a ela. Ela vem até mim me segura pela jaqueta, "O que essa garota pensa que está fazendo." Eu penso me viro para ela e olho para ela com o olhar do tipo: "Quem você pensa que é?"
Ela percebe me solta e fala sorrindo:
- Oi!
Olho para ela e respondo com desprezo:
- Oi.
Puxo o meu braço fazendo com que ela solte minha jaqueta e vou para o lado de fora. Encontro a Alexia uma das garotas com que saiu na escola, aproveitei a chance e beijei ela.
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A Ladra de Corações Frios
Teen FictionUm garoto de 17 anos sem responsabilidades, uma garota de 17 com muita, e uma criança com uma doença séria, o que isso pode dar?