Min Ah limpava a vidraça do corredor no segundo andar naquela manhã ensolarada de domingo cantarolando uma música que havia aprendido com sua mãe. Parecia estar tranquila por fora, mas por dentro sua mente divagava por tudo que vinha acontecendo em sua vida até então.
Havia sido vendida pelo próprio pai, se tornado escrava da família Kim e não bastasse isso, ainda havia se envolvido com o seu Senhor, coisa que jamais deveria ter acontecido. Não estava em seus planos se apaixonar por Taehyung, mas o moreno a havia cativado com seu sorriso quadrado e personalidade quase que infantil de um jeito que ela nem sabia ser possível.
O motivo dela ter amanhecido pensativa dessa forma foi devido a visita de Hyu, uma das amigas de Taehyung e também amiguinha de Naeyun, que havia aparecido na mansão na tarde do dia anterior por algum motivo.
Porém, ao vê-la conversando com sua Senhora toda elegante, com seu vestido feito com os mais finos e caros tecidos e como ela combinava com toda a imponência da grande sala de visitas da mansão, Min Ah se sentiu insegura.
Ela era só a escrava e dificilmente seria algo além disso, jamais vestiria vestidos como aquele e nunca poderia sentar-se naquela sala e conversar tão informalmente com Naeyun como Hyu fazia.
O que ela estava fazendo com Taehyung afinal? Ela o amava, é verdade, mas jamais poderiam ficar juntos, Naeyun nunca permitiria. Ela preferiria morrer a deixar que o único filho se unisse a uma escrava.
Min Ah sabia disso, mas então porque continuava com ele? Só estavam adiando um sofrimento que era inevitável, então porque não acabar com aquilo de uma vez?
A resposta para essa pergunta era óbvia: Min Ah era egoísta demais para deixá-lo livre, ela não conseguiria e seu peito doía só de imaginar o amor da sua vida com outra mulher que não fosse ela ao seu lado.
Depois que Hyu foi embora, os pensamentos da jovem se concentraram em repensar todo o relacionamento deles. Afinal, o que eles tinham? um caso? Min Ah não gostava daquela palavra, pra ela era muito mais do que um simples casinho.
E o fato de não ter uma definição exata a incomodava, tanto que estava pensando havia dias em conversar com o herdeiro Kim sobre isso para enfim poder ter certeza se ele queria realmente algo sério com ela.
Caso a resposta fosse sim, Min Ah conseguia até vislumbrar uma luz no fim do túnel pra eles. Agora se fosse não, seria melhor acabar com tudo aquilo de uma vez, mesmo que isso deixasse uma ferida enorme em seu coração.
Assim que terminou a limpeza, a jovem desceu as escadas até a lavanderia para trocar a água suja do balde que usava e lavar o pano sujo. Ao chegar no cômodo, encontrou Hee Gi concentrada lavando um pano no tanque.
O barulho do balde que carregava indo de encontro ao chão alertou a mais velha de sua presença, parando com a mão na cintura para descansar os braços por alguns segundos.
- Annyeong Mi, já terminou lá em cima? - a expressão triste no rosto da amiga a preocupou. - O que foi?
- Unnie, o que você acha do meu relacionamento com Taehyung? - a mais nova perguntou. - Seja sincera.
- Olha Mi, eu te falei desde o início que seria difícil. - respondeu Hee Gi, voltando a esfregar o pano. - Mas vocês tem meu apoio.
- É que eu não consigo parar de pensar que tudo isso é errado.- exclamou Min Ah, recostando-se contra a parede. - Quero dizer, eu sou só a escrava não deveríamos estar juntos.
- Ver a Hyu aqui mexeu com você não foi? - a jovem assentiu, mordendo o lábio inferior.
- Olha pra ela unnie, toda fina, elegante, vestida com as melhores roupas, nunca vou ser daquele jeito. - Hee Gi ficou preocupada. Sabia que a amiga tinha dúvidas quanto ao relacionamento dela, mas nunca tinha se sentido tão insegura a ponto de não se achar suficiente antes. - Taehyung merece alguém a altura dele e, sejamos sinceras, Naeyun nunca vai permitir que fiquemos juntos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Forbidden Love
Romansa# Vencedor do 1 lugar em Romance no Project Love - 2 Edição O amor é uma coisa engraçada, ele vai te amarrando aos poucos com suas correntes invisíveis sem que você perceba e quando você se da conta, não tem mais como fugir. Se apaixonar deveria ser...