Bleeding

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POV Dinah.

Era como se o meu coração tivesse sido arrancado do meu peito e caído no chão como vidro. Arin levou a minha gatinha, deixou-me aqui nessa sala sem saber o que estava acontecendo.

Até ouvir o tiro.

A partir de então, as coisas pareciam estar se movendo em câmera lenta. Parei de bater minhas mãos na porta, minhas pernas falharam e eu caí no chão.

— Puta merda... — ouvi o Dr. Cowell murmurar.

Ally era a única que ainda estava movimento naquela sala. Ela ainda tentava abrir a porta com todo e qualquer objeto que encontrava na sala.

— Minha... — resmunguei em uma voz quebrada e chorosa. — Minha Normani...

— Não presuma o pior! — Ally exclamou, tentando forçar a maçaneta da porta com a bandeja. Em algum momento, ela encaixou a bandeja entre uma pequena abertura entre a maçaneta e a madeira da porta e forçou a bandeja para baixo.

A maçaneta caiu no chão. Ally pegou a sobra da maçaneta que ainda estava na porta e a puxou, xingando quando a porta não se abriu.

Trouxe meus joelhos até o peito e chorei mais ainda, minhas últimas esperanças haviam, oficialmente, se esvaído de mim. Minhas mãos deslizaram por meus cabelos em desespero.

— Minha Normani... Minha gatinha...

Meu cérebro começou a repassar o curto período de tempo que passei com ela... Como ela me odiava quando eu a encontrei... A primeira vez que ela ouviu música... Quando acidentalmente nos beijamos pela primeira vez.

Pensei em toda a sua ansiedade para "aprender" sobre sexo só porque Camila havia lhe dito que ia me fazer bem. 

Pensei em todas as vezes que ela se aconchegou a mim enquanto assistíamos "Aristogatas" e em como ela achava que eu era a melhor pessoa do mundo por colocar "cores" em seus machucados.

Lembrei-me de quando eu estava preocupada com as questões financeiras e ela se culpou instantaneamente, embora a culpa nunca tivesse sido sua, e fazia de tudo para me agradar.

Normani nunca quis nada mais do que me agradar.

Ela queria me fazer feliz. 

Queria me ver segura e bem. Se eu estivesse com algum machucado, ela ficava mais triste do que eu.

Ela realmente me amava antes mesmo de ter a ideia do que era o amor de verdade. Do que era amar alguém tanto que podia sentir seu coração bater fora do peito.

Eu nunca tinha sentido um amor assim antes. Nunca amei tanto alguém quanto amei Normani. 

Quanto amo Normani.

Quanto sempre amarei Normani.

E pensar que justamente todo o amor que eu sentia por Normani era a causa de meu interior sangrar agora, enquanto sentia uma dor alucinante me dominar.

Podia sentir meu corpo sendo rasgado.

Um soluço estrangulado escapou da minha garganta e eu pressionei meu rosto em minhas mãos, sentindo mais um soluço rompendo minhas forças e escapando por meus lábios.

— Não, Dinah! Não desista dela! — Ally grunhiu ao passar os olhos pela sala, tentando encontrar algo que ainda não tivesse usado, dentro das pouquíssimas opções que tínhamos, para tentar abrir a porta. — Ela está bem! Eu sei que está!

— Deixe-me tentar, Allyson. — Dr. Cowell se aproximou da loira com a bandeja em mãos para tentar forçar uma abertura na porta.

— Normani! — Ally gritou, perto da porta. — Normani, você pode me ouvir? Diga alguma coisa!

uniquely perfect. || adaptação norminahOnde histórias criam vida. Descubra agora