there's nothing like us

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não há nada como nós, não há nada como eu e você. juntos, através da tempestade.

[there's nothing like us by jb]

Taehyung estava com raiva e possivelmente morrendo, mas a sua revolta era mais importante no momento.

O motivo para ambas as situações na sua vida atualmente tinha nome, sobrenome, sorriso dentuço e uma grande facilidade para contar mentiras. E sim, ele estava falando de Jeon Jeongguk.

O Kim percebeu que dormir em um chão gelado, parcialmente sujo e com as portas da sacada abertas, permitindo a entrada do ar frio da madrugada, não tinha sido uma ideia genial quando acordou no dia seguinte com a garganta coçando e espirrando em intervalos curtos de tempo. Não demorou muito para o restante dos sintomas da sua rinite atacada aparecerem: os olhos começaram a arder e lacrimejar, o nariz escorria incansável e o rosto estava inchado. E como desgraça para pobre nunca é pouco, ainda havia a dor de cabeça e o estômago embrulhado deixados por uma ressaca chata e nenhum pouco bem-vinda.

Bem feito, ele pensou na metade da manhã enquanto tentava engolir um pedaço de pão e metade de um copo de suco, isso tudo é carma por você ser idiota e cometer o mesmo erro duas vezes.

Porque, é. Tinha acontecido exatamente como da última vez. Jeongguk tinha feito tudo de novo.

Quando acordou, o mais novo não estava mais ao seu lado e o único rastro da sua presença era um cobertor jogado sobre o mais velho, que ele definitivamente tinha deixado. Taehyung estranhou, sentando-se confuso e fazendo uma careta ao sentir a cabeça latejar, mas não precisou de muito tempo para tentar entender o que tinha acontecido porque logo Jeongguk surgia na sala, limpo e com os olhos desconfiados varrendo o cômodo. Ele surpreendeu-se momentaneamente ao notar o Kim acordado, ainda sentado no chão, mas a impressão foi embora em um segundo, enquanto dizia casualmente:

— Bom dia, hyung.

— Hum, oi. — Taehyung respondeu, perdido. Por que ele estava dormindo no chão mesmo? Olhou brevemente em volta, reparando as garrafas de soju vazias em cima da mesa de centro no canto, e se lembrou. Com a lembrança, veio um rubor forte e o coração disparando alucinado no peito ao reviver a sensação de Jeongguk perto do seu corpo, envolvido em seu abraço, sussurrando palavras contra a sua boca. — Jeongguk-ah, sobre ontem...

— Você acredita que eu não lembro? — O mais novo o interrompeu rápido, passando uma mão pela nuca. — Fiquei bem confuso quando acordei no chão. A gente passou um pouco dos limites, né? — Riu, sem graça.

Taehyung piscou os olhos, incrédulo. Demorou alguns minutos para processar as palavras do Jeon antes de ser assolado por uma onda repentina de pura revolta. Ele não lembrava? Simplesmente não lembrava de como eles estiveram a um simples passo de se beijarem, como se abraçaram e dormiram no calor um do outro? Claro que ele não se lembraria. Da última vez tinha sido do mesmo jeito, as mesmas palavras e olhares cheios de culpa que o Kim sabia, apenas sabia, que exalavam mentiras.

Por que ele continuava mentindo tão descaradamente? A primeira vez foi três meses atrás, quando Taehyung veio à Seul com o elenco de uma peça, a qual ele estava estrelando. Era uma encenação de O Pequeno Príncipe e o Kim estava no papel do piloto perdido no deserto. Era a primeira peça que o jovem ator encenava que expandia-se para fora, deixando os teatros de Daegu para alcançar outros palcos coreanos. Foi nessa peça, por sinal, na apresentação feita em Seul, que ele foi descoberto pelos olheiros da KeyEast e recrutado para fazer uma audição e concorrer por uma vaga na empresa.

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