você sente falta da rua em que cresceu?
você recebeu seu nome do meio da sua avó?
quando você pensa em seu para sempre agora, você pensa em mim?[10,000 hours by dan + shay ft. jb]
—
Taehyung bateu com o pé na quina da porta.
Aconteceu quando ele saiu apressado do banheiro. Sua afobação estava inteiramente ligada ao bonito e adorável rapaz, vestido sem permissão em uma das suas camisas de pijama, rindo no final do corredor e fazendo o ator questionar seus próprios sentimentos naqueles dois segundos que a dor elétrica seguiu por seu dedão e subiu os nervos do pé em direção ao restante da perna.
O Kim tinha chegado do mercado alguns minutos atrás e, por mais que todo o seu corpo formigasse de vontade e apreensão, não deixou Jeongguk chegar um passo perto. Tudo bem, queria muito beijá-lo como o mais novo tinha dito que ele podia fazer quando voltasse do mercado, mas saúde em primeiro lugar, certo? Esse era o conselho padrão da sua mãe. "Você pode ter tudo que quiser se estiver saudável, Taehyung-ah", ela costumava dizer no horário do almoço, "Agora engole logo esse feijão ou você não vai poder sair com o Yoongi mais tarde." Enfim... A questão era que, o que sua mãe diria se soubesse que Taehyung estava arriscando a sua saúde e de outra pessoa por simples desejo? Por isso — e também porque ele era uma pessoa sensata (e um pouquinho paranoica) —, enfiou-se no banheiro para tomar um banho e se desinfetar assim que chegou da rua. Nem sequer olhou para Jeongguk largado no sofá ao atravessar a sala em direção ao outro cômodo. Tinha medo que acabasse cedendo aos seus próprios hormônios, que o relembravam sem parar as palavras do Jeon desde o momento que saiu de casa, e pulasse em cima do mais novo sem pensar duas vezes.
Sua apreensão não diminuiu nem mesmo após o banho de vários minutos e ainda borbulhava em seu estômago enquanto se vestia apressadamente, mal dando atenção ao cabelo úmido e bagunçado. No que resultou? A ponta da porta vindo de encontro abrupto em direção ao seu dedão assim que a abriu, apressado, finalmente pronto para ir atrás de Jeongguk.
— Merda — xingou, pulando em um pé só. As risadas de Jeongguk preenchiam o corredor, mais irritantes do que adoráveis como costumavam ser, e o mais velho o fuzilou com os olhos. Quer saber? Ele nem queria beijar aquele palhaço tanto assim. — Para de rir, seu infeliz! Isso é culpa sua!
— Eu? Por que eu? — Jeongguk protestou, manhoso. Caminhou até o Kim e o segurou por um dos braços para que pudesse equilibrá-lo, enquanto ele continuava tentando se manter em um pé só.
Taehyung corou.
— Porque eu tô dizendo que é! — exclamou, contrariado. Não queria dar mais motivos para o mais novo implicar com ele.
Jeongguk soltou uma risadinha encantada e, sem dar indícios, simplesmente abraçou o mais velho pelo pescoço, trazendo-o para perto, tão perto que o Kim conseguia sentir as batidas fortes do coração alheio batendo contra suas próprias costelas; como se o músculo pertencesse totalmente a ele. O Jeon não sabia se o ato era porque Taehyung e seu cabelo bagunçado, o rosto vermelhinho, os lábios emburrados e o nariz franzido eram um combo mortal demais para que ele pudesse aguentar ou porque, desde o momento da cozinha, ficava se perguntando se estava sonhando. Não seria a primeira vez que ele sonhava com um cenário daqueles ocorrendo, afinal. Ele não sabia o porquê, mas, quando Taehyung retribuiu o abraço circulando os braços ao redor da sua cintura, sentiu o mundo todo colorir em um único segundo.
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Confinados
FanfictionOs planos de Kim Taehyung para o novo ano definitivamente não incluíam ficar confinado em isolamento social, em um apartamento que nem era seu, na companhia de um certo alguém com quem não estava nos melhores termos desde o primeiro encontro (desast...