Eu sou um cidadão médio
Entro em meu prédio
E me deito no sofá
Todo dia no mesmo lugar
Lavo a louça
Quem dera uma vida louca
Não me ouça
Pois eu sou um cidadão médioAs minhas roupas no varal
Ai que vida banal
Eu vou ao cinema
Eu vejo um filme
Não tenha pena
Minha vida não é um filme
Vou até no bar
Espero a minha vida passarChego em casa, ligo a TV
Eu queria mesmo era te ver
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Uma putaria no século da pandemia
PoesíaEm meio ao tesão e a tristeza que ocorreram no começo da pandemia, algo aconteceu com meus poemas, eles ganharam uma nova dimensão. Uma dimensão muito mais ambígua em certos momentos e totalmente explícita em noutros. Essa é sua oportunidade de para...