O buraco
Esse conto é a respeito de uma viúva e suas duas filhas. Sua filha biológica era feia e preguiçosa; a outra, sua enteada, era linda e gentil. O que você acha que aconteceu com a menina “do bem”? Foi explorada pela madrasta, é claro. A pobrezinha costurava dia e noite até seus dedos sangrarem.
Um dia a enteada derrubou sua agulha em um poço. Nessa situação o que você faria? Pediria outra agulha à madrasta? Pegaria uma agulha escondido para não ouvir sermão? Pularia no poço? A mocinha da história escolheu a terceira opção e, depois da queda, acordou em um lugar bonito e ensolarado.
Andando pela terra nova e desconhecida, nossa mistura de Cinderela com Alice encontrou um forno cheio de pães assando. Ela viu que os alimentos precisavam ser retirados logo, caso contrário, ficariam queimados – e assim o fez. Ao lado do forno havia uma árvore de maçã, com frutos suculentos.
Perto dali, a garota encontrou a casa da Mãe Buraco, uma senhora de idade que pediu para que ela fizesse faxina. A garota fez tudo o que a senhora a pedia e, conforme cumpria cada tarefa, era coberta de ouro e, quando já tinha ouro o suficiente, voltou ao mundo real.
A madrasta, encantada com o que havia acontecido com a jovem, jogou a filha biológica no poço com a esperança de que ela também voltaria coberta de ouro. Chegando à terra misteriosa a menina se deparou com o forno e com a árvore de maçãs. Chegou à casa da senhora e se recusou a prestar qualquer tipo de ajuda.
Ela foi convidada a se retirar e, decepcionada com a preguiça da garota, Mãe Buraco a cobriu com um material superquente e grudento, que ficou preso ao corpo da menina por toda a sua vida.