Misturas de sentidos

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Nunca sabemos que horas e que dia estamos, sinto-me a cada dia mais sozinha, sinto falta da vida de merda que eu tinha, por mais chato que era, mas eu era livre de uma maneira que não sei ao certo explicar.

Victória fodeu com minha vida, mas a culpada foi eu que acabei permitindo tudo isso. Queria acabar com tudo e com todos, mas não de uma maneira que me orgulho hoje em dia. Logo eu me arrependendo como podem ver, aos poucos os remédios estão fazendo efeito e consigo ver a realidade como ela realmente é, não estou vivendo da forma que esperei em minha vida toda, e sim, sinto falta da minha família, por mais filhas da puta que eles eram.

Hoje irei passar por uma psicóloga nova, uma tal de Elena, dizem que ela é recém formada e tem cerca de 24 anos, bom não vou julga- lá até conhecer, mas pelo o que eu fique sabendo ela já sabe quem sou eu, ela conhece todos nós e tem boatos por ai, que sou a mais especial por "causar crimes internacionais".

As enfermeiras me avisaram que minha consulta com ela seria após o meu almoço, teria um tempo para me trocar e se quiser tomar um banho, pois como de costume efetuamos esse tipo de procedimentos diários. Confesso que está um pouco insuportável de não ter mais a noção do tempo nem o que está ocorrendo ao redor do mundo.

Tomei meu banho e me arrumei, na verdade não muito porque estou com costume de raspar a cabeça na máquina 2 toda semana, isso aumenta minha auto estima de uma maneira boa.

- Ei Nick, vamos! – Gritou uma das enfermeiras, todos sabem que eu amo ser chamada assim, afinal, esse sim é meu nome.

A sala dela ficava em outra ala, tivemos que passar pelo jardim e o sol estava radiante de uma maneira que não sei ao certo explicar, era como se eu nunca estivesse sentido aquele calor em meu rosto.

Bati na porta antes, e ouvi uma voz meiga dizer:

-Pode entrar!

Ao mesmo tempo fiquei desconfiada e arrepiada, sei lá era uma sensação estranha e inexplicável, mais um sinal de que algo estava errado em mim. Pedi licença e fui entrando na sala, era linda a sala, um detalhe que a porta era roxa e havia um quadro amarelo, duas poltronas e ela estava lá sentada de pernas cruzadas, de all star preto de cano alto, uma calça jeans, uma camisa xadrez vermelha e o cabelo com coque. Achei estranho, pois ela era diferente de todas que eu já passei, não era um padrãozinho, mas gostei, me senti confortável.

Uma leve observação que quero ressaltar, ela era tão linda com um rosto angelical encantador, ao decorrer da consulta ela deixou essa primeira sessão para que eu me expressa-se de primeiro momento, a cada frase que eu soltava ela lançava sorriso de anotava, os olhos dela brilhavam como fogos de artificios, e eu reparava em suas lindas tattos, aquele sorriso e jeito de se expressar, um pouco fofa e a risada era fenomenal, bem marcante digamos assim, obvio que quero dizer o quão cheirosa ela era. Foi uma hora de consulta e ao final nunca senti na minha vida o que eu senti, a vontade de voltar em um mesmo lugar, mas para fazer o bem.

-Até amanhã Nick... – Disse Elena me abraçando e sorrindo.

Sai da sala sem entender aqueles sentimentos e sensações ligados a tudo.

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⏰ Última atualização: Jul 25, 2020 ⏰

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DIÁRIO DE UMA PSICOPATA VOL.3Onde histórias criam vida. Descubra agora