"Tu dissipou as minhas ilusões e fantasias... Nessa maré de sangue... Lave a tua podridão com meu pranto e não esqueça-te: Os corpos que tu deixas para trás, será o rastro que te perseguirá e ocasionará, o teu encontro. E, jamais... Tu, serás feliz. Pois, todas as vidas que roubastes, faz de tu, um inapto a tal sensação".
Com a lanterna do celular ligada, Leona ler mais um trecho da carta de Carmen. Nisso, ela sente uma camada de ar frio, saindo de um tubo de ventilação. Leona, pensa em sair por esse tubo e arriscar a sorte de encontrar alguma saída ou, apenas, esperar por alguém.
Delegado Cabral, termina de digitar o processo de Carmen e assim, dá por encerrado. Ele sai da delegacia e vai em direção a um galpão abandonado. Ao chegar, ele folheia tudo e se surpreende, ficando sem reação. Acabara de perceber que, alguém havia trocado o caso de Carmen por outro qualquer e, rapidamente, a imagem de Erick, veio a sua cabeça. Já que, nas últimas vezes, em que esteve com ele, Erick estava estranho e parecia querer esconder algo. Porém, Cabral, não sabia o que era. Por que Capitão Melo, pegaria?-Pensa. Quando ia ligar para o Capitão Melo, ele recebeu uma ligação.
-Então, já fez?- Fala Abadom.
Nesse momento, Delegado Cabral, sente um calafrio percorrer seu corpo, ele sabia que, se a resposta fosse negativa, estaria morto.
-Sim, senhor Abadom. Está tudo resolvido. Não se preocupe, já cuidei de tudo.
-Assim, é que eu gosto. Competência! Cabral- Abadom ri. -Mais tarde, depositarei sua comissão. Tenha uma boa madrugada.-Finaliza e desliga, deixando Cabral, completamente, desesperado.
Ele tinha que resolver isso e então, decide voltar para a sala de casos, em processo de investigação, onde havia pegado as papeladas do caso de Carmen e onde, Leona estava presa. Quando chegou, andou o mais rápido que pode até a sala, a abriu e tentou, novamente, acender a lampada.
-Mais que caralho! Ainda não consertaram.
Leona, se assusta, mas continua agachada, atrás das pilhas de papéis.
Ele pega o celular para acender a lanterna e o mesmo, cai no chão, se desmontando, deixando-o ainda mais estressado e nervoso.
Era a brecha perfeita para Leona sair da sala. Ela, sutilmente, se aproxima do delegado Cabral e utilizando seus anos de aulas de defesa pessoal, ela o estrangula por trás, fazendo-o perder os sentidos, rapidamente. Leona, sai da delegacia, com o receio de que as câmeras de segurança, talvez, tivesse gravado seu rosto, mesmo com o casaco preto de capuz que tinha encontrado, em cima do caso da irmã.
Leona vai para casa e, aparentemente, tudo parecia normal. Ela toma um banho e dorme. Deixando a mochila com os arquivos, no pé de sua cama.
No dia seguinte, Gestrurde entra no quarto de Leona e ver a mochila e o casaco, no pé da cama. Mas não dá tanta importância.
-Leona! -Grita.
-Hum...-Responde Leona.
-Por que você chegou tarde?
-E isso te interessa?
-Por que você chegou tarde?!
-Desde quando, o que eu faço te interessa? Me diga. Não tem respostas, né?
-Você é uma puta ingrata!
-Acordou estressadinha, foi? Que foi? Descobriu que seu amor tem outra amante?
Leona, leva um tabefe na cara, dado por Gestrurde.
-Mamãe, não bata na Lena! -Fala Mel.
-Sai do meu quarto agora!- Grita Leona.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Faces superficiais
Fiction généraleLeona, uma garota presa ao seu passado. Crimes, supostamente, sem culpado. Vidas, ilusões e esperanças afundadas, nas profundezas do pélago.